Virologia: Curso Modulado
EMENTA DO CURSO
Sumário
Introdução................................................................
Virologia..................................................................
Infectologia.
............................................................
Endemia...................................................................
Epidemia..................................................................
Pandemia..................................................................
Patogenia e
patógenos..............................................
Vírus.........................................................................
Lista de Vírus
presentes no dia-a-dia.......................
Genética dos
vírus....................................................
Genoma dos
vírus.....................................................
Grupos de
vírus........................................................
Coronavírus
SARS-CoV-2 - Covid, presença antiga no
passado e os riscos não detectados...........
Coronavírus
SARS-CoV-2 - Covid-19 presença endêmica
alertada, incompetência do Sistema Público de Saúde......................................................
Patologia
pulmonar e Covid-19. Coronavírus SARS-CoV-2
- .......................................................
Pneumologia –
Principais pontos críticos para ingresso e desenvolvimento virótico........................
Importância da
virologia..........................................
Vírus: seres
vivos ou não?.......................................
Breve
histórico da virologia.....................................
Estrutura
viral...........................................................
Taxonomia dos
vírus................................................
Multiplicação
viral...................................................
Replicação de
vírus DNA e RNA............................
Importância
dos vírus...............................................
Temas
complementares............................................
Ventilação
Pulmonar, atividade médica de resultado, diante de um SISTEMA DE SAÚDE falido........................................................................
Farmacologia
Clínica Aplicada a Pandemia............
Mitos do uso
preventivo de fármacos na Covid-19. . Coronavírus SARS-CoV-2.....................................
Fármaco:
Hidroxicloroquina....................................
Fármaco:
Cloroquina................................................
Fármaco: Zinco
e associações..................................
Efeitos
colaterais do Fármaco Zinco com
associações...............................................................
Efeitos
colaterais do Fármaco Hidroxicloroquina com associações.......................................................
Efeitos
colaterais do Fármaco Cloroquina com
associações...............................................................
Uso de
coagulantes como forma de cura dos efeitos da virose.......................................................
Coronavírus
SARS-CoV-2 - Covid-19 – Aspecto
astro-biológico da questão.......................................
História de
outras pandemias e o reflexo da história repetida........................................................
Peste negra...............................................................
Gripe
espanhola.......................................................
A Revolta da
Vacina e o motim popular ocorrido entre 10 e 16 de novembro de 1904 na cidade
do Rio de Janeiro, então capital do Brasil.....................
A Revolta do
Isolamento Ilegal e mal planejado no Brasil, março a maio de 2020...................................
O desgoverno
federal na gestão da crise das UTIs no Brasil e na condução de liderança e
credibilidade.............................................................
Coronavírus
SARS-CoV-2 - Situação geopolítica da origem da Pandemia............................................
Risco de uma
guerra ideológica com resultado em “Guerra biológica”. Teoria da conspiração..............
Classificação
e estrutura viral..................................
Replicação
viral........................................................
Patogênese
viral.......................................................
Imunologia
viral.......................................................
Vacinas
virais...........................................................
Terapias
virais..........................................................
Métodos de
diagnósticos..........................................
Quimioterapia
antiviral............................................
Medidas para
controle de infecções.........................
Epidemias de
vírus...................................................
Material
Genético.....................................................
Os vírus podem
ser classificados como vírus que contêm DNA............................................................
Os vírus podem
ser classificados como vírus que contêm RNA............................................................
Vírus de DNA..........................................................
Parvovírus................................................................
Papovírus..................................................................
Adenovírus...............................................................
Herpesvírus..............................................................
Poxvírus...................................................................
Hepadnavírus...........................................................
Vírus de RNA...........................................................
Picornavírus.............................................................
Calicivírus................................................................
Reovírus...................................................................
Arbovírus.................................................................
Togavírus.................................................................
Flavivírus.................................................................
Arenavírus................................................................
Coronavírus..............................................................
Retrovírus.................................................................
Bunyavírus...............................................................
Ortomixovírus..........................................................
Paramixovírus..........................................................
Rabdovírus...............................................................
Viroides....................................................................
Viroide: vírus
sem capsídeo, com apenas uma molécula de RNA circular........................................
Virusoide:
vírus que para atuarem patogenicamente precisam da atuação de outro vírus.
Vírus da
hepatite D..................................................
Vírus da
hepatite B...................................................
Bibliografia
Geral....................................................
1 - Introdução.
Os vírus são
seres muito simples e pequenos (medem menos de 0,2 µm), formados basicamente
por uma cápsula protéica envolvendo o material genético, que, dependendo do
tipo de vírus, pode ser o DNA, RNA ou os dois juntos (citomegalovírus).
1.1 - O
citomegalovírus, conhecido como “CMV”, é um vírus da mesma família da herpes,
que pode se apresentar com sintomas, exemplos: febre, mal estar e inchaço na
barriga. O exemplo do herpes, esse vírus também estão presentes na maioria das
pessoas, mas só provoca sintomas quando o sistema imunológico encontra-se
debilitado, podem ocorrer em gestante, pessoas com HIV ou em pacientes que está
a fazer tratamento oncológico (contra o câncer, por exemplo).
Durante a
gravidez, esse vírus é detectado através dos exames do pré-natal, mas
geralmente é inofensivo e não provoca nenhuma alteração no bebê, principalmente
quando a mulher foi infectada ainda antes de engravidar. No entanto, quando a
mulher é infectada durante a gestação, o vírus pode causar problemas como
microcefalia e surdez no bebê.
1.1.1 -
Principais sintomas. Normalmente, a infecção pelo CMV não causa sintomas, sendo
comum que a pessoa descubra que está infectado quando faz algum exame de sangue
específico para o vírus. No entanto, alguns sintomas podem surgir quando o
sistema imunológico está baixo, como por exemplo:
1.
Febre acima de 38ºC;
2.
Cansaço excessivo;
3.
Inchaço da barriga;
4.
Barriga dolorida;
5.
Mal estar generalizado;
6.
Inflamação do fígado;
7.
Aborto espontâneo;
8.
Em pessoas com HIV/AIDS, pode ocorrer infecção na retina, cegueira,
encefalite, pneumonia e ulceras no intestino e esôfago.
1.1.2 - Como
diagnosticar. O diagnóstico da infecção pelo citomegalovírus é feito através de
exame de sangue específico, que mostram se existem anticorpos contra o vírus.
Quando o resultado do exame traz o resultado reagente CMV IgM, indica que a infecção
pelo vírus ainda está no início, mas se o resultado for reagente CMV IgG,
significa que o vírus está presente há mais tempo no organismo, permanecendo,
então, por toda vida, assim como acontece com a herpes. Na gravidez, caso o resultado seja reagente
CMV IgM a grávida deve iniciar o tratamento com antivirais ou imunoglobulinas,
para evitar a transmissão para o bebê.
1.1.3 -
Principais complicações. As complicações da infecção pelo citomegalovírus
ocorrem principalmente nas crianças que são infectadas pelo vírus durante a
gravidez, e incluem:
1.
Microcefalia;
2.
Atraso no desenvolvimento;
3.
Coriorretinite e cegueira;
4.
Paralisia cerebral;
5.
Defeitos na formação dos dentes;
6.
Paralisia de algumas partes do corpo, principalmente das pernas;
7.
Surdez neurossensorial.
Já nos
adultos, as complicações surgem quando a infecção se desenvolve muito, como
acontece em pessoas com o sistema imune enfraquecido, resultando principalmente
em cegueira e perda dos movimentos das pernas, por exemplo.
1.1.4 - Como
acontece a transmissão do vírus. A transmissão do citomegalovírus pode ocorrer
através do contato com secreções do corpo, como as da tosse e da saliva,
através do contato íntimo com uma pessoa infectada ou por meio do
compartilhamento de objetos contaminados, como copos, talheres e toalhas. Além
disso, o vírus também pode ser transmitido através de transfusões sanguíneas ou
de mãe para filho, principalmente quando a mulher grávida é infectada durante a
gestação.
1.1.5 - Como
prevenir. Para prevenir a contaminação pelo citomegalovírus é importante lavar
bem as mãos, principalmente antes e após ir ao banheiro e trocar a fralda da
criança, por exemplo, além de lavar bem os alimentos na hora de cozinhá-los. Além disso, é importante usar preservativo nas
relações sexuais e evitar dividir objetos pessoais com outras pessoas.
1.1.5.1 - Um
alerta. O Curso e o docente alerta que este momento é um espaço informativo, de
divulgação e educação de temas relacionados com saúde, não devendo ser
utilizado como substituto ao diagnóstico médico ou tratamento sem antes
consultar um profissional de saúde.
1.1.6 - Referência
Bibliográfica.
Pannuti C. Citomegalovirose. In: Focaccia R, Veronesi
R, editores. Tratado de infectologia. São Paulo: Atheneu; 2009. p. 363-71;
Mendrone Junior A. Prevalência da infecção pelo citomegalovírus: a importância
de estudos locais. Rev Bras Hematol Hemoter. 2010 fev;32(1):7-8; Stagno S,
Reynolds DW, Huang E-S, Thames SD, Smith RJ, Alford CA. Congenital
cytomegalovirus infection — occurrence in an immune population. N Engl J Med.
1977 Jun;296(22):1254-8; Stagno S, Reynolds DW, Pass RF, Alford CA. Breast milk
and the risk of cytomegalovirus infection. N Engl J Med. 1980
May;302(19):1073-6; Stagno S, Pass RF, Dworsky ME, Henderson RE, Moore EG,
Walton PD, et al. Congenital cytomegalovirus infection — the relative
importance of primary and recurrent maternal infection. N Engl J Med. 1982
Apr;306(16):945-9.
1.1.7 –
Importância ecológica dos vírus. Vírus são as mais abundante entidade biológica
em ambientes aquáticos. Existe aproximadamente um milhão deles em uma colher de
chá de água do mar. E eles são essenciais para a regulação dos ecossistemas de
água salgada e de água doce. A maioria destes vírus são bacteriófagos, que são
inofensivos para plantas e animais. Eles infectam e destroem as bactérias em
comunidades microbianas aquáticas e este é o mais importante mecanismo de
reciclar carbono no ambiente marinho. As moléculas orgânicas liberadas das
células bacterianas pelos vírus estimulam crescimento bacteriano e de algas.
1.1.7.1 –
Bacteriófagos. Importância dos vírus.

Um bacteriófago um vírus que infectas bactérias.
Os
bacteriófagos estão presentes em diversos ambientes, podendo ser isolados de
água, solo, produtos alimentares e, até mesmo, de outros microrganismos. Apesar
de também poder estar presente no organismo, principalmente na pele, na
cavidade oral, nos pulmões e nos sistemas urinários e gastrointestinais, os
bacteriófagos não provocam doenças ou alterações no corpo humano, isso porque
possuem preferência por células procarióticas, ou seja, células menos
evoluídas, como a das bactérias. Os bacteriófagos, também conhecidos como
fagos, são uns grupos de vírus capazes de
infectar e se multiplicar dentro das células bacterianas e que, quando saem,
promovem a sua destruição. Além
disso, são capazes de estimular resposta imunológica do organismo, de modo que
não conseguem atuar nos microrganismos responsáveis pelo bom funcionamento do
organismo, além de possuírem elevada especificidade em relação ao seu
hospedeiro, isto é, ao microrganismo patogênico. Assim, as bactérias que fazem parte
do micro bioma não são destruídas devido à relação positiva estabelecida entre
os bacteriófagos e o sistema imune.
1.1.7.1.1 –
Característica do Bacteriófago. Características do bacteriófago. Os
bacteriófagos são vírus que podem ser encontrados em diversos ambientes,
inclusive no corpo humano, no entanto não causam alterações ou doenças já que
não possuem especificidade para as células que constituem o corpo. Outras
características do bacteriófago são: São formados por um capsídeo, que é uma
estrutura formada por proteínas que tem como função proteger o material
genético do vírus; Podem possuir diferentes tipos de material genético, como
fita dupla de DNA, fita simples de DNA ou RNA; Além de poderem ser
diferenciados quanto à sua composição genética, os bacteriófagos também podem
ser diferenciados pela estrutura do capsídeo; São incapazes de se multiplicar
fora de um hospedeiro, ou seja, precisam estar em contato com uma célula
bacteriana para que possa haver replicação, e por isso podem também ser conhecidos
como "parasitas bacterianos"; Apresentam elevada especificidade para
o hospedeiro, que são as células bacterianas.
Fagos são muito importantes na biologia molecular sendo utilizados como
vetores de clonagem para inserir DNA nas bactérias. Eles estão sendo também avaliada
por pesquisadores médicos como uma alternativa aos antibióticos para tratar
infecções por bactérias, técnica conhecida como Fagoterapia. Phage display é um
teste para investigar interações de proteínas pela integração de múltiplos
genes de um banco de genes em fagos(Porto: Porto Editora, 2003-2018(Consultado
em 2021-02-24 15:45:45). Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$bacteriofago Bacteriófagos.
Brasil Escola Informática. Biologia (Seres Vivos). Alunos Online. Consultado em
7 de março de 2021)
1.1.7.1.1.1 – Capsídio.
Cápside ou capsídeo é o invólucro de
origem protéica dos vírus formado por proteínas e que protege e facilita sua proliferação,
e além de proteger o ácido nucléico (DNA ou RNA e, em alguns casos raros, os
dois tipos juntos), tem a capacidade de se combinar quimicamente com
substâncias presentes na superfície celular. Alguns vírus têm apenas um tipo de
proteínas nos seus capsídeos, mas a maioria tem vários tipos diferentes que se
associam de formas específicas, formando o capsômero.
1.1.7.1.1.2 – Capsômeros
são estruturas proteicas que se encaixam e formam uma cápsula de proteção para
o genoma viral. Essa cápsula, que além de proteger, também transporta o
material genético e em alguns casos tem a capacidade de se ligar a membrana de
uma célula hospedeira, é chamada de capsídeo. Capsídeos então são formados por
blocos menores que se juntam chamadas de capsômeros. Um dos menores vírus
conhecidos, o bacteriófago phi-X174, tem por exemplo 60 capsômeros formando o
seu capsídeo. Já o maior vírus, encontrado em uma espécie de mosca, tem 1500
capsômeros na constituição do capsídeo(Referência
- BARRETO, Rosimar de Castro et al. Relação papilomavírus (HPV) e tumor maligno
da cavidade bucal. Rev Bras Cien Saúde, v. 18, n. 3, p. 261-70, 2014. – Link).
1.1.7.1.1.3
- AULA INTERATIVA ABERTA.
FASES DA
REPLICAÇÃO VIRAL - Bacteriófago infectando uma bactéria.
https://www.youtube.com/watch?v=t2FoZy-K4Hk&t=12s
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1.1.7.1.1.4
- AULA INTERATIVA ABERTA.
https://www.youtube.com/watch?v=tpluO1g2MSw - Bacteriófago Virologia.
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1.1.8. –
Primeira Avaliação(QUESTIONÁRIO. Cada questão vale 0,5 pontos).
1.1.8.1 – Primeira Avaliação. Exercícios
Sobre Vírus. Importante entender os principais características desses
organismos acelulares. Para ampliar a interação de contéudo e avaliação de
conhecimentos, recomendo(amos) o artigo de autoria de Vanessa
Sardinha dos Santos: “Vírus - Os vírus, parasitas intracelulares obrigatórios, não
possuem metabolismo próprio e não são formados por células”.
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/virus.htm
1.1.8.1.1.
- AULA INTERATIVA ABERTA. https://www.youtube.com/watch?v=v8M1ToKn6ag
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1.1.8.1.1.1
- AULA INTERATIVA ABERTA. Vírus - parasitas intracelulares obrigatórios.

Os vírus são
organismos considerados parasitas intracelulares obrigatórios.
Os vírus,
organismos que apresentam diâmetro entre 15 e 300 nm, são denominados de parasitas
intracelulares obrigatórios, pois apenas se reproduzem no interior de
células. Diferentemente de todos os seres vivos, esses organismos não possuem
célula e metabolismo próprio e, por isso, não são considerados por muitos
autores como formas de vida. Entretanto, em virtude da capacidade de se
autoduplicar e possuir variabilidade e ácidos nucleicos, outros especialistas
consideram esses organismos como seres vivos. Os vírus foram descobertos a
partir dos estudos independentes realizados por Dmitri Iwanowski e Martinus
Beijerinck em 1892 e 1898, respectivamente. Esses pesquisadores estudaram o
agente causador da doença denominada de mosaico do tabaco, que deixava as
folhas de tabaco manchadas entre a coloração verde-escura e clara. Apesar da
descoberta, os vírus foram visualizados apenas na década de 1940, após a
invenção do microscópio eletrônico.
1.1.8.1.1.1.1 - Estrutura do virus. Com a visualização dos vírus, foi
possível conhecer sua estrutura, que é relativamente simples quando comparada
com a das células eucarióticas, por exemplo. De uma maneira simplificada,
podemos dizer que esses organismos são formados por duas partes principais:
o material genético, que normalmente é o DNA ou o RNA,
raramente os dois, e uma capa proteica (capsídeo). O capsídeo
pode apresentar diferentes simetrias, tais como a icosaédrica, helicoidal ou
complexa. Na simetria icosaédrica, observa-se que o capsídeo assume uma forma
similar a de um icosaedro, ou seja, um poliedro formado por 20 faces, 12
vértices e 30 arestas. Como exemplo desse tipo de vírus, podemos citar o
herpesvírus e o rinovírus. A simetria helicoidal, por sua vez, apresenta o
capsídeo com formato de hélice, como é caso do vírus da raiva e da gripe. Por
fim, o vírus de simetria complexa apresenta uma morfologia bastante distinta
que não se encaixa em nenhum dos outros tipos. O exemplo mais típico desse tipo
de vírus são os bacteriófagos.
Alguns
vírus possuem, além do capsídeo, outra estrutura que reveste o vírus denominada
de envelope. O envelope viral, que é constituído por lipídios,
proteínas e carboidratos, é formado a partir da membrana da célula infectada.
Como exemplo de vírus envelopado, podemos citar o HIV, o vírus causador da
AIDS.

Observe a estrutura de um vírus envelopado.
1.1.8.1.1.1.2 - Replicação viral. Os vírus reproduzem-se apenas no interior da célula
de um hospedeiro, uma vez que não possuem metabolismo próprio. Ao atingir uma
célula e parasitá-la, uma série de processos ocorre até que o vírus consiga
fazer com que a célula trabalhe a seu favor. Podemos
dividir a replicação viral nas seguintes etapas:
1-
Adsorção: Etapa em
que o vírus liga-se à receptores de membrana na célula hospedeira;
2-
Penetração: Etapa em
que o vírus adentra a célula;
3-
Desnudamento: Etapa
em que ocorre a remoção do capsídeo e a liberação do material genético;
4-
Transcrição
e tradução: Etapa em que ocorre a formação de
proteínas dos vírus;
5-
Maturação: Ocorre
a formação de novas partículas virais;
6-
Liberação: Vírus sai
do interior da célula pronto para parasitar outras.
1.1.8.1.1.1.2.1 - AULA
INTERATIVA ABERTA. Virologia: Replicação
viral - parte 1
https://www.youtube.com/watch?v=KfyrKKz_9wQ
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1.1.8.1.1.1.2.2 - AULA
INTERATIVA ABERTA.
Virologia:
Replicação viral - parte 2
https://www.youtube.com/watch?v=fx5EN2eFejE
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1.1.8.1.1.1.2.2 - AULA
INTERATIVA - ABERTA. Virologia:
Replicação viral - parte 3.
https://www.youtube.com/watch?v=QoewpD9hrf0
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1.1.9 - Exemplos de doenças causadas por virus. Os vírus podem infectar qualquer
ser vivo, desde os unicelulares, como bactérias, até pluricelulares, como os
humanos. A infecção nos humanos é responsável por várias doenças. Quando os microrganismos
invadem o nosso corpo, aderem à célula e multiplicam ocorre uma infecção. Ou
seja, há um desequilíbrio entre as defesas do nosso organismo e o agente
invasor que pode ser uma bacteria, um fungo, um parasita ou mesmo um vírus.
Neste último caso dar-se-á uma infecção viral.
1.1.9.1 - Doenças causadas por virus. AULA
INTERATIVA ABERTA. Virologia: AIDS – Agente etiológico: HIV
(Vírus da Imunodeficiência humana).
1.1.9.1.1 – SIDA – AIDS. Sem mitos.
HIV ou VIH é o Vírus da
Imunodeficiência Humana. Este vírus afeta e enfraquece o sistema que defende o
organismo das infeções e das doenças: o sistema imunitário. Na fase inicial da
infeção podemos, não ter sintomas da doença, com o sistema imunitário a conseguir
“controlar” o vírus, podendo variar de pessoa para pessoa. Com o passar do
tempo, o sistema imunitário fica enfraquecido e podem aparecer as chamadas
infecções oportunistas, que não causariam doença numa pessoa sem diminuição da
imunidade. Esta fase final é conhecida como Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida (SIDA). Importante o questionamento: “SIDA e HIV são a mesma
coisa?” SIDA é a fase mais avançada da
infeção por HIV, quando temos um sistema imunitário enfraquecido, com doenças
oportunistas”.
1.1.9.1.1.1 – SIDA. VIHDA:
Compromisso social, desafio dos estudiosos.
https://www.youtube.com/watch?v=PAtlP1rfPx8&t=47s
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1.1.9.2 – O HIV.
HIV é a sigla em inglês do vírus
da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico,
responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são
os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de
si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para
continuar a infecção.
Ter o Vírus HIV não é a mesma coisa que
ter aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e
sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras
pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de
seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação,
quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante
fazer o teste e se proteger em todas as situações.
1.1.9.2.1
– Biologia.
O HIV é um retrovírus,
classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus compartilham
algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do
surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema
nervoso e supressão do sistema imune.
1.1.9.2.2
– Assim pega:
- Sexo
vaginal sem camisinha;
- Sexo
anal sem camisinha;
- Sexo
oral sem camisinha;
- Uso
de seringa por mais de uma pessoa;
- Transfusão
de sangue contaminado;
- Da
mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na
amamentação;
- Instrumentos
que furam ou cortam não esterilizados.
1.1.9.2.3 – Assim não pega:
- Sexo
desde que se use corretamente a camisinha;
- Masturbação
a dois;
- Beijo
no rosto ou na boca;
- Suor
e lágrima;
- Picada
de inseto;
- Aperto
de mão ou abraço;
- Sabonete/toalha/lençóis;
- Talheres/copos;
- Assento
de ônibus;
- Piscina;
- Banheiro;
- Doação
de sangue;
- Pelo
ar.
1.1.9.2.4 – Diagnóstico do HIV
Conhecer o quanto antes a sorologia
positiva para o HIV aumenta muito a expectativa de vida de uma pessoa que vive
com o vírus. Quem se testa com regularidade, busca tratamento no tempo certo e
segue as recomendações da equipe de saúde ganha muito em qualidade de vida.
Além disso, as mães que vivem com HIV
têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento
recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto.
Por isso, se você passou por uma
situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou compartilhado seringas,
faça o teste anti-HIV. O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir
da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, temos os exames
laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca
de 30 minutos. Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de
Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e
Aconselhamento (CTA).
Os exames podem ser feitos de forma
anônima. Nesses centros, além da coleta e da execução dos testes, há um
processo de aconselhamento, para facilitar a correta interpretação do resultado
pelo(a) usuário(a). Também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque
Saúde (136).
Além da rede de serviços de saúde, é
possível fazer os testes por intermédio de uma Organização da Sociedade Civil,
no âmbito do Programa Viva Melhor Sabendo.
Em todos os casos, a infecção pelo HIV
pode ser detectada em, pelo menos, 30 dias a contar da situação de risco. Isso
porque o exame (o laboratorial ou o teste rápido) busca por anticorpos contra o
HIV no material coletado. Esse período é chamado de janela imunológica.
1.1.9.2.5 – O que é sistema imunológico.
O corpo reage diariamente aos
ataques de bactérias, vírus e outros micróbios, por meio do sistema imunológico.
Muito complexa, essa barreira é composta por milhões de células de diferentes
tipos e com diferentes funções, responsáveis por garantir a defesa do organismo
e por manter o corpo funcionando livre de doenças.
Entre as células de defesa estão
os linfócitos T-CD4+, principais alvos do HIV, vírus causador da aids, e do
HTLV, vírus causador de outro tipo de doença sexualmente transmissível. São
esses glóbulos brancos que organizam e comandam a resposta diante dos
agressores. Produzidos na glândula timo, eles aprendem a memorizar, reconhecer
e destruir os microrganismos estranhos que entram no corpo humano.
O HIV liga-se a um componente da
membrana dessa célula, o CD4, penetrando no seu interior para se multiplicar.
Com isso, o sistema de defesa vai pouco a pouco perdendo a capacidade de
responder adequadamente, tornando o corpo mais vulnerável a doenças. Quando o
organismo não tem mais forças para combater esses agentes externos, a pessoa
começar a ficar doente mais facilmente e então se diz que tem aids.
É bom lembrar que todas as
pessoas diagnosticadas com HIV têm direito a iniciar o tratamento com
antirretrovirais imediatamente, e, assim, poupar o seu sistema imunológico.
Esses medicamentos (coquetel) impedem que o vírus se replique dentro das células
T-CD4+ e evitam, assim, que a imunidade caia e que a aids apareça.
1.1.9.2.6
– TRATAMENTO.
Conheça
os novos critérios para a substituição de esquemas de TARV para o uso do
Dolutegravir. A
substituição deverá ocorrer nas situações em que há vantagens para o
usuário, como a diminuição de eventos adversos entre outras. A Nota Informativa Nº 03/2018, do
Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das
Hepatites Virais (DIAHV), da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e do
Ministério da Saúde (MS), publicada nessa terça-feira (10), apresenta as
recomendações de substituição de esquemas de terapia antirretroviral contendo
inibidores da transcriptase reversa não-nucleosídeos ou inibidores de protease
para esquemas com dolutegravir para tratamento de pessoas vivendo com HIV,
maiores de 12 anos de idade com supressão viral.
As recomendações para a substituição levam em consideração que as pessoas que
estão com carga viral indetectável e bem, não precisam e não devem fazer a
substituição do seu esquema atual. Entretanto, aquelas que estejam com carga
viral indetectável, mas às custas de eventos adversos e toxidades indesejáveis
com o seu esquema atual, podem se beneficiar da troca.
A substituição, portanto, somente deverá ocorrer
nas situações em que há vantagens relativas na diminuição de eventos adversos,
na melhoria da adesão da pessoa, menor interações medicamentosas ou
possibilidade de uso em determinadas comorbidades em relação ao seu esquema
atual de TARV.
As recomendações e os critérios
necessários para a substituição de esquemas de TARV por esquemas com
dolutegravir são as seguintes:
1)
Pessoa vivendo com HIV maior de 12 anos de idade;
2) Avaliação individualizada e criteriosa da necessidade e
dos benefícios envolvidos na substituição, uma vez que pode expor a pessoa
vivendo com HIV a eventos adversos desnecessários;
3) Pessoa vivendo com HIV em tratamento antirretroviral com
supressão viral (CV indetectável) nos últimos seis meses;
4) Pessoa vivendo com HIV em uso de esquemas com efavirenz ou
nevirapina, sem falha virológica prévia;
4.1) pessoa vivendo com HIV em uso de primeiro esquema (sem
uso prévio) de tratamento antirretroviral contendo efavirenz ou nevirapina;
5)
Pessoa vivendo com HIV em uso de esquemas com atazanavir/ritonavir ou
darunavir/ritonavir ou lopinavir/ ritonavir, sem falha virológica
prévia;
5.1) pessoa vivendo com HIV em uso de primeiro esquema (sem
uso prévio) de TARV contendo IP/r; ou
5.2) pessoa vivendo com HIV em uso de esquema atual com IP/r,
que tenham realizado a troca do efavirenz ou nevirapina para IP/r por
intolerância e/ou eventos adversos (não por falha virológica).
1.1.9.2.7 – Janela imunológica. Janela
imunológica é o intervalo de tempo decorrido entre a infecção pelo HIV até a
primeira detecção de anticorpos anti-HIV produzidos pelo sistema de defesa do
organismo. Na maioria dos casos, a duração da janela imunológica é de 30(trinta)
dias. Porém, esse período pode variar, dependendo da reação do organismo do
indivíduo frente à infecção e do tipo do teste (método utilizado e
sensibilidade).
Se um teste para detecção de
anticorpos anti-HIV é realizado durante o período da janela imunológica, há a
possibilidade de gerar um resultado não reagente, mesmo que a pessoa esteja
infectada. Dessa forma, recomenda-se que, nos casos de testes com resultados
não reagentes em que permaneça a suspeita de infecção pelo HIV, a testagem seja
repetida após 30 dias com a coleta de uma nova amostra. É importante ressaltar
que, no período de janela imunológica, o vírus do HIV já pode ser transmitido,
mesmo nos casos em que o resultado do teste que detecta anticorpos anti-HIV for
não reagente.
1.1.9.2.8
– Sintomas
e fases da aids. Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da aids, o sistema
imunológico começa a ser atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção
aguda, que ocorre a incubação do HIV (tempo da exposição ao vírus até o
surgimento dos primeiros sinais da doença). Esse período varia de três a seis
semanas. E o organismo leva de 30 a 60 dias após a infecção para produzir
anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma
gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa
despercebida. A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de
defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. Mas isso não enfraquece o
organismo o suficiente para permitir novas doenças, pois os vírus amadurecem e
morrem de forma equilibrada. Esse período, que pode durar muitos anos, é
chamado de assintomático. Com o frequente ataque, as células de defesa começam
a funcionar com menos eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada
vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns. A fase sintomática inicial é
caracterizada pela alta redução dos linfócitos T CD4+ (glóbulos brancos do
sistema imunológico) que chegam a ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de
sangue. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. Os
sintomas mais comuns nessa fase são: febre, diarreia, suores noturnos e
emagrecimento. A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças
oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do
organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids. Quem
chega a essa fase, por não saber da sua infecção ou não seguir o tratamento
indicado pela equipe de saúde, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose,
pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer. Por isso, sempre que você
transar sem camisinha ou passar por alguma outra situação de risco, procure uma
unidade de saúde imediatamente, informe-se sobre a Profilaxia Pós-Exposição
(PEP) e faça o teste. Saiba aqui onde encontrar um serviço
de saúde perto de você.
1.1.9.2.9 – Tratamento para o HIV. Os primeiros medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de
1980. Eles agem inibindo a multiplicação do HIV no organismo e,
consequentemente, evitam o enfraquecimento do sistema imunológico. O
desenvolvimento e a evolução dos antirretrovirais para tratar o HIV
transformaram o que antes era uma infecção quase sempre fatal em uma condição
crônica controlável, apesar de ainda não haver cura. Por isso, o uso regular dos ARV é fundamental
para garantir o controle da doença e prevenir a evolução para a aids. A boa
adesão à terapia antirretroviral (TARV) traz grandes benefícios individuais,
como aumento da disposição, da energia e do apetite, ampliação da expectativa de
vida e o não desenvolvimento de doenças oportunistas. Desde 1996, o Brasil
distribui gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) todos os medicamentos
antirretrovirais e, desde 2013, o SUS garante tratamento para todas as pessoas
vivendo com HIV (PVHIV), independentemente da carga viral. Também pode-se dizer
que o tratamento pode ser usado como uma forma de prevenção muito eficaz para
pessoas vivendo com HIV, evitando, assim, a transmissão do HIV por via sexual. Atualmente,
existem 21 medicamentos, em 37 apresentações farmacêuticas, conforme relação que
segue abaixo:


Fonte: DIAHV/SVS/MS
1.1.9.2.10 – Direitos das
PVHIV. Pela Constituição brasileira, as pessoas
vivendo com HIV, assim como todo e qualquer cidadão brasileiro, têm obrigações
e direitos garantidos; entre eles, estão a dignidade humana e o acesso à saúde
pública e, por isso, são amparadas pela lei. O Brasil possui legislação
específica quanto aos grupos mais vulneráveis ao preconceito e à discriminação,
como homossexuais, mulheres, negros, crianças, idosos, portadores de doenças
crônicas infecciosas e de deficiência.
1.1.9.2.10.1 –
Declaração dos Direitos Fundamentais da Pessoa Portadora do Vírus
da Aids. Em
1989, profissionais da saúde e membros da sociedade civil criaram, com o apoio
do Departamento de IST, HIV/Aids e Hepatites Virais, a Declaração dos Direitos
Fundamentais da Pessoa Portadora do Vírus da Aids. O documento foi aprovado no
Encontro Nacional de ONG que Trabalham com Aids (ENONG), em Porto Alegre (RS):
I - Todas as pessoas têm direito à informação clara,
exata, sobre a aids.
II – Os portadores do vírus têm direito a informações
específicas sobre sua condição.
III - Todo portador do vírus da aids tem direito à
assistência e ao tratamento, dados sem qualquer restrição, garantindo sua
melhor qualidade de vida.
IV - Nenhum portador do vírus será submetido a
isolamento, quarentena ou qualquer tipo de discriminação.
V - Ninguém tem o direito de restringir a liberdade ou os
direitos das pessoas pelo único motivo de serem portadoras do HIV/aids,
qualquer que seja sua raça, nacionalidade, religião, sexo ou orientação sexual.
VI - Todo portador do vírus da aids tem direito à
participação em todos os aspectos da vida social. Toda ação que visar a recusar
aos portadores do HIV/aids um emprego, um alojamento, uma assistência ou a
privá-los disso, ou que tenda a restringi-los à participação em atividades
coletivas, escolares e militares, deve ser considerada discriminatória e ser
punida por lei.
VII - Todas as pessoas têm direito de receber sangue e
hemoderivados, órgãos ou tecidos que tenham sido rigorosamente testados para o
HIV.
VIII - Ninguém poderá fazer referência à doença de
alguém, passada ou futura, ou ao resultado de seus testes para o HIV/aids, sem
o consentimento da pessoa envolvida. A privacidade do portador do vírus deverá
ser assegurada por todos os serviços médicos e assistenciais.
IX - Ninguém será submetido aos testes de HIV/aids
compulsoriamente, em caso algum. Os testes de aids deverão ser usados
exclusivamente para fins diagnósticos, controle de transfusões e transplantes,
estudos epidemiológicos e nunca qualquer tipo de controle de pessoas ou
populações. Em todos os casos de testes, os interessados deverão ser
informados. Os resultados deverão ser transmitidos por um profissional
competente.
X - Todo portador do vírus tem direito a comunicar apenas
às pessoas que deseja seu estado de saúde e o resultado dos seus testes.
XI - Toda pessoa com HIV/aids tem direito à continuação
de sua vida civil, profissional, sexual e afetiva. Nenhuma ação poderá
restringir seus direitos completos à cidadania.
1.1.9.2.10.2 –
Lei antidiscriminação. Em 2014, foi publicada a Lei nº 12.984, de 2 de junho de
2014, que define o crime de discriminação aos portadores do vírus da
imunodeficiência humana (HIV) e doentes de aids. Legislação: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12984.htm
1.1.9.2.10.3 -
Demais proteções aos direitos das PVHIV.
1.1.9.2.10.3.1
– Auxílio-doença.
Esse benefício é concedido a qualquer cidadão brasileiro que seja segurado
(pague o seguro em dia) e que não possa trabalhar em razão de doença ou
acidente por mais de 15 dias consecutivos. A pessoa que vive com HIV/aids ou com
hepatopatia grave terá direito ao benefício sem a necessidade de cumprir o
prazo mínimo de contribuição e desde que tenha qualidade de segurado, conforme
o art. 152, inciso III, alíneas m e o da Instrução
Normativa INSS/PRES nº 45,
de 6 de agosto de 2010. O auxílio-doença deixa de ser pago quando o segurado
recupera a capacidade e retorna ao trabalho ou quando o benefício se transforma
em aposentadoria por invalidez. Nesses casos, a concessão de auxílio-doença
ocorrerá após comprovação da incapacidade em exame médico pericial da
Previdência Social. Todo o procedimento administrativo relativo ao benefício
está regulado pelos artigos 274 a 287 da Instrução Normativa
INSS/PRES nº 45, de 6
de agosto de 2010.
1.1.9.2.10.3.2
– Aposentadoria por invalidez. As pessoas que vivem com HIV/aids ou
com hepatopatia grave têm direito a esse benefício, mas precisam passar por
perícia médica de dois em dois anos, senão o benefício é suspenso.
A aposentadoria deixa de ser paga
quando o segurado recupera a capacidade e volta ao trabalho. Para ter direito
ao benefício, o trabalhador tem que contribuir para a Previdência Social por no
mínimo 12 meses, no caso de doença. Se for acidente, esse prazo de carência não
é exigido, mas é preciso estar inscrito na Previdência Social. Não tem direito
à aposentadoria por invalidez quem, ao se filiar à Previdência Social, já tiver
doença ou lesão que geraria o benefício, a não ser quando a incapacidade
resultar no agravamento da enfermidade. Todo o procedimento administrativo
relativo ao benefício está regulado pelos artigos 201 a 212 da Instrução
Normativa INSS/PRES nº 45,
de 6 de agosto de 2010.
1.1.9.2.10.3.3
– Benefício de Prestação Continuada. É a garantia de um salário mínimo de
benefício mensal à pessoa incapacitada para a vida independente e para o
trabalho, bem como ao idoso com 65 anos ou mais, que comprove não possuir meios
de prover a própria manutenção e nem tê-la provida por sua família. Esse
benefício independe de contribuições para a Previdência Social. Para recebê-lo,
a pessoa deve dirigir-se ao posto do INSS mais próximo e comprovar sua
situação. Essa comprovação pode ser feita com apresentação de Laudo de
Avaliação (perícia médica do INSS ou equipe multiprofissional do Sistema Único
de Saúde). A renda familiar e o não exercício de atividade remunerada deverão
ser declarados pela pessoa que requer o benefício. Legislação: Lei Federal 8.742/1993 e Decreto Federal 3.048/1999.
1.1.9.2.10.3.4 – Direito à
informação. Biblioteca.
A
biblioteca virtual do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST,
do HIV/Aids e das Hepatites Virais tem por finalidade dar acesso às
publicações; aos protocolos clínicos de tratamento que estabelecem os
critérios de diagnóstico dos agravos (IST, HIV/aids e hepatites virais); aos
boletins epidemiológicos lançados periodicamente com dados e estatísticas
sobre HIV/aids, sífilis e hepatites virais; às folhetarias, que são materiais
informativos de fácil reprodução; e às apresentações elaboradas pelo
DIAHV.
1.1.9.2.10.3.5 – AULA INTERATIVA
ABERTA.
Virologia: AIDS – Agente etiológico: HIV
(Vírus da Imunodeficiência humana). Em palestra de 2011, dr.
Drauzio falou sobre como percebeu que a aids se tornaria uma epidemia, o
trabalho no Carandiru e os obstáculos para a prevenção da doença. Com o avanço do tratamento para aids, muitos
perderam o medo, principalmente os jovens. Imagens inéditas da aids no
Carandiru gravadas pelo próprio dr. Drauzio com detentos portadores do HIV
mostram o que a doença é capaz de fazer e alertam para a importância de
continuar atento à prevenção.
https://www.youtube.com/watch?v=mcGYg4bFC0k
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1.1.9.2.10.3.5.1 – AULA INTERATIVA
ABERTA. Virologia: AIDS – Agente etiológico: HIV
(Vírus da Imunodeficiência humana). Teste para HIV nas
farmácias. Por que o teste para HIV disponível nas farmácias é uma decisão
interessante.
<iframe
width="560" height="315"
src="https://www.youtube.com/embed/t3Gdi88EkDs" title="YouTube
video player" frameborder="0" allow="accelerometer;
autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture"
allowfullscreen></iframe>
https://www.youtube.com/watch?v=t3Gdi...
1.1.9.2.10.3.6 –
Farmacologia Clínica: remédios no contexto do coquetel
para HIV. É importante entender como funciona a terapia
do coquetel anti-AIDS(?) O presente e-book não busca ser
um Compêndio, porém nesta linha estamos a observar o conjunto de dúvidas em
torno do “coquetel para HIV” e quais os fármacos que integram. O
coquetel para HIV chamado de coquetel antiaids ou medicamento antirretroviral
começou a ser prescrito nos anos 1980. O coquetel age no organismo a fim de
barrar a proliferação do vírus no paciente. É bom ressaltar que o coquetel
não é cura da doença, ou seja, ele não mata o vírus em questão, o objetivo é
fazer com que a saúde da pessoa fique fortalecida e, consequentemente,
preparando a imunidade para melhor lidar com as consequências do vírus.
Observamos como importante a participação do Farmacologista Clínico nesta
interação multidisciplinar. É importante que o paciente faça o uso correto da
medicação e não pare de tomar o coquetel, mesmo diante dos seus efeitos
colateraisPollyana
Batista(2018).
1.1.9.2.10.3.6.1 – Fármacos
que compõe o Coquetel
HIV para Aids.
Fármaco,
a palavra deriva da terminologia grega “phármakon” que
tem o significado de ser aquilo que pode transladar as impurezas, ou seja, para
os gregos essa palavra poderia significar tanto remédio como veneno, poderia
manter a vida ou causar a morte.
Seguindo as definições oficiais
que regulamentam a área de saúde no Brasil, conforme Portaria ministerial n
3.916/MS/GM do Ministério da Saúde, fármaco é a substância química que é o
princípio ativo do medicamento. E por medicamento entende-se ser o produto
farmacêutico com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de
diagnóstico.
Desse modo, fica fácil de
entender a estreita relação entre fármaco e medicamento, sendo o fármaco o
princípio ativo para a formulação dos medicamentos que são o produto final para
ingestão do paciente na busca da melhoria das condições de saúde. Ou seja, o
medicamento é o fármaco beneficiado em doses ou concentrações terapêuticas, com
finalidade de curar ou demais ações relacionadas à saúde do paciente.
Os fármacos podem ser
classificados quanto à sua origem, seus efeitos e suas formas farmacêuticas.
Vejamos cada um deles.
1.1.9.2.10.3.6.1 .1 – Origem.
- Natural;
- Animal;
- Vegetal;
- Artificial – quando o fármaco é
manipulado e sintetizado pelo homem em laboratórios.
1.1.9.2.10.3.6.1 .2 – Efeitos.
- Terapêuticos – fármacos que dão origem
aos medicamentos em um determinado grupo terapêutico;
- Laterais ou secundários – fármacos que
proporcionam efeitos que não concorrem com a melhoria da situação
patológica a ser tratada. Entretanto, eles podem ser adversos quando
indesejáveis ou quando interagem com outras formas desconhecidas que podem
ser prejudiciais;
- Reações adversas – a ingestão de certos fármacos
pode ocasionar sintomas indesejáveis, ou até mesmo toxicidade. Além disso,
pode proporcionar interações prejudiciais com outros princípios
farmacêuticos usados concomitantemente;
- Tóxicos – reações provocadas por dose
excessiva ou acumulação anormal do fármaco no organismo;
- Locais – reações que acontecem somente no
local de administração e atuação do fármaco;
- Sistêmicos – efeitos que podem ocorrer em um
órgão ou sistema diferente do tratado originalmente pelo fármaco;
- Sinérgicos – combinações dos efeitos de dois
ou mais fármacos administrados simultaneamente em que se consegue
um efeito final superior a soma dos efeitos de cada um deles isoladamente;
- Antagônicos – efeitos contrários aos esperados
entre dois fármacos distintos que podem reduzir a ação e eficácia
de um deles.
1.1.9.2.10.3.6.1.3 – Formas farmacêuticas. Os fármacos são a base dos
remédios que podem ter a forma de comprimidos, xaropes, pomadas, pílulas,
cremes, dentre outros. Com essas
explicações preliminares se busca
ofertar informações para diferenciações sobre o que é fármaco, sua
origem e finalidade na busca da melhoria da saúde do paciente com a Síndrome de
AIDS ou SIDA.
1.1.9.2.10.3.6.2 – O coquetel para HIV é composto
por 22 remédios. O número
de medicamentos que o paciente toma por dia vai depender do estágio da doença e
das combinações que o médico prescrever. Nesta disciplina se apresenta os tipos
de remédios mais comuns. O coquetel age no organismo a fim de barrar a
proliferação do vírus no paciente.
1.1.9.2.10.3.6.2.1 – Inibidores de Protease:
- Atazanavir (ATV);
- Darunavir (DRV);
- Fosamprenavir (FPV);
- Lopinavir (LPV);
- Nelfinavir (NFV);
- Ritonavir (RTV);
- Saquinavir (SQV);
- Tipranavir (TPV).
1.1.9.2.10.3.6.2.2 – Inibidores Nucleosídeos da
Transcriptase Reversa:
- Abacavir (ABC);
- Didanosina (ddI);
- Lamivudina (3TC);
- Tenofovir (TDF);
- Zidovudina (AZT).
1.1.9.2.10.3.6.2.3 – 3. Inibidores Não Nucleosídeos da
Transcriptase Reversa:
- Efavirenz (EFZ);
- Nevirapina (NVP);
- Etravirina (ETR).
1.1.9.2.10.3.6.2.4 – Inibidores de fusão:
- Enfuvirtida (T20).
1.1.9.2.10.3.6.2.5 –Inibidores da Integrase:
- Dolutegravir (DTG);
- Raltegravir (RAL).
- Inibidores de Entrada:
- Maraviroc (MRV);
1.1.9.2.10.3.6.2.6 – Combinações de medicamentos:
- Lamivudina + Zidovudina (3TC + AZT);
- Lamivudina + Tenofovir + Efavirenz (3TC + TDF
+ EFZ).
1.1.9.2.10.3.6.2.7 –
Farmacocinética e Farmacodinâmica: para que servem os medicamentos usados.
A combinação dos remédios do
coquetel para HIV atua em diferentes áreas do organismo. Porém, a finalidade
dele é reforçar o sistema imunológico. Para você ter uma ideia, veja para quê
alguns deles servem.
1.1.9.2.10.3.6.2.7.1 – Darunavir e Ritonavir
Esses dois remédios são
considerados inibidores de Protease. O intuito é que o vírus não infecte
novas células saudáveis.
1.1.9.2.10.3.6.2.7.2 – Tenofovir e Lamivudina
Ambos os remédios atuam a nível
genético. O primeiro evita que o DNA do paciente seja alterado pelo vírus. O
segundo evita que o RNA desse mesmo vírus contamine o DNA da pessoa.
1.1.9.2.10.3.6.2.7.3 – Raltegravir e Enfuvirtida
O primeiro trabalha no organismo
a fim de que o vírus não se ligue à célula do paciente e o Enfuvirtida também
impede que o HIV tome uma célula do paciente que está saudável.
1.1.9.2.10.3.6.2.8 – Ação do coquetel HIV para Aids no
organismo. O intuito
de alguns desses remédios é evitar que o vírus não infecte novas células
saudáveis. O coquetel HIV para Aids age no organismo de maneira múltipla.
Porém, a ideia é a mesma: barrar que o vírus se aloje em outras células do
indivíduo. Para isso, as linhas de frente dos medicamentos são: Inibidores de
Protease, Inibidores Nucleosídeos da Transcriptase Reversa, Inibidores Não
Nucleosídeos da Transcriptase Reversa, Inibidores de fusão, Inibidores da Integrase
e Inibidores de Entrada. A pessoa vai tomar as combinações de acordo com a
orientação do seu médico. Contudo, no organismo, as combinações podem
ocasionar alguns efeitos colaterais, como náuseas, fadiga, dor de cabeça ou
diarréia. Para amenizar algumas consequências indesejadas, o paciente pode
colaborar com algumas atitudes, como manter uma alimentação saudável e evitar
alguns hábitos, que você verá no tópico a seguir.
1.1.9.2.10.3.6.2.8.1 – Cerveja é
contra indicada para quem toma o coquetel. A ingestão não só da cerveja,
como de qualquer tipo de álcool, não deve ocorrer. As bebidas alcoólicas
podem inibir a atuação do coquetel do HIV e acabar prejudicando o
tratamento. Por isso, a ingestão de qualquer tipo de destilado ou bebida que
contenha álcool não deve ser feita. Bem como outros hábitos de vida que
prejudiquem a qualidade de vida do portador do vírus. O paciente também deve
evitar o uso de heroína, morfina e metadona. O consumo de metanfetamina
(Ecstasy) pode ser fatal.
Porém, deixar de usar o coquetel
para usar as restrições citadas no parágrafo anterior é prejudicial. Foi
apresentado no congresso
da Sociedade Internacional da Aids no Canadá, um estudo de caso onde um adolescente que mora na França controlou o
vírus no seu corpo depois de ter abandonado o tratamento tradicional contra a
Aids. De outro lado, a comunidade científica segue os estudos para entender
como isso aconteceu e, cada vez mais cautelosa, deixa claro que isso pode ter
sido uma exceção ou uma repetição do que já ocorreu nos EUA, quando um bebê
ficou nas mesmas condições, mas dois anos depois, os sintomas voltaram.
Daí pode surgir um
questionamento: “parei de tomar o coquetel, o que pode acontecer?”, a resposta
mais sensata é: não pare de tomar o seu coquetel, pois você pode está abrindo
as portas para que o vírus contamine outras células sadias do seu corpo ou
fique mais forte frente aos antirretrovirais e acelere os problemas de saúde.
O trabalho do coquetel consiste,
sobretudo, em impedir que o vírus não se ligue à célula saudável do paciente.
Os remédios que formam o coquetel para HIV estão disponíveis no Sistema
Único de Saúde brasileiro desde 1996. Algumas combinações são mais
recentes. Um levantamento realizado por pesquisadores mostra que 353 mil
pessoas peguem os medicamentos com a rede pública de saúde. No entanto, o
número de pessoas infectadas é bem maior: chegando a quase 800 mil casos em
nosso país.
Dos dados oficiais, 59% dos
pacientes moram no Sudeste, 19% no Sul, 12% no Nordeste, 6% no Cetro-oeste e 4%
no Norte no Brasil. As informações dão conta ainda que cerca de 33 mil novos
casos são notificados por ano por aqui e que nos últimos 20 anos houve uma
redução de 20% no número de infecção pelo vírus no mundo inteiro, que conta com
33,5 milhões de pessoas infectadas. A nível planetário, existem 22 milhões de
pessoas contaminadas na África, cinco milhões no Leste europeu, três milhões no
restante do Velho Continente, dois milhões na América do Norte e Central,
outras dois milhões na América do Sul e 59 mil na Oceania.
Apesar dos efeitos colaterais, é
extremamente importante que o paciente faça uso regular dos remédios que fazem
parte do coquetel para HIV. A combinação das suas funções são aquelas que vão
garantir uma melhor qualidade de vida para quem tem o vírus, impedindo que ele
se reproduza, se una ou contamine as células saudáveis do seu organismo. Se
você está passando por essa situação, não hesite em procurar auxílio
psicológico para enfrentar suas dúvidas e medos. É natural pensar em desistir,
mas sempre há outras formas de continuar lutando. Prova disso, são as inúmeras
pessoas que convivem com o vírus e, apesar da rotina extenuante de se tratar e
tomar vários remédios, conseguem ultrapassar as dificuldades e ter qualidade de
vida.
É importante entender que somente
o médico está apto, habilitado para a prescrição medicamentosa, assim recomendamos que o paciente portador do vírus
e da AIDS busque sempre orientação com o seu médico e conte com ajuda de
profissionais multidisciplinares para conduzir seu tratamento: psicólogo e
nutricionista são dois profissionais que reduzirão seus anseios e os efeitos
colaterais da medicação.
1.1.9.2.10.3.7 – Bibliografia
Temática. Referências Bibliográficas sobre o HIV.
- Alison J. Rodger et al. Sexual Activity Without Condoms and Risk of
HIV Transmission in Serodifferent Couples When the HIV-Positive. Partner
Is Using Suppressive Antiretroviral Therapy. JAMA. 2016;316(2):171-181
- Brasil. Ministério da Saúde.
[www.aids.gov.br/documentos/publicações] – busca: conscritos do exército
do Brasil, 2002
- Brasil. Ministério da Saúde. PN-DST/AIDS. Estudo de prevalência das
DST no Brasil. Mimeo. 2004a.
- Brasil. Ministério da Saúde,
[www.aids.gov.br/areatecnica/monitoraids/estudosespeciais] VII Pesquisa de
Conhecimentos, atitudes e Práticas relacionadas ao HIV/aids com a
População Brasileira de 15 a 54 anos – 2004b,
- Brasil. Ministério da Saúde. Norma Técnica de Prevenção e
Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e
Adolescentes. Brasília, 2004c.
- Brasil. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico DST e AIDS, ano
II n.01-01 à 26a. semanas epidemiológicas – jan a jun de 2005.
- Bowden FJ, Garnett GP. Trichomonas vaginalis epidemiology:
parameterising and analyzing a model of treatment interventions. Sex
Transm Inf, 2000, 76: 248-256.
- Brasil. Portaria no 542/1986. Diário Oficial da República
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- Carvalho M, de Carvalho S, Pannuti CS, Sumita LM, de Souza VA.
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1.1.9.2.10.3.8 – Segunda
Avaliação.
QUESTIONÁRIO. Cada questão vale 0,5
pontos).
A avaliação testara seus
conhecimentos sobre o tema.
QUESTÃO 1
(Uems) O vírus da imunodeficiência
humana (HIV) é o causador da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Em relação
a esse vírus, pode-se afirmar que ele é constituído de:
a) DNA e ataca os linfócitos T.
b) RNA e ataca os linfócitos T.
c) RNA e ataca as hemácias.
d) DNA e ataca as hemácias.
e) RNA e ataca as plaquetas.
QUESTÃO 2
A Aids é uma doença viral que pode
ser transmitida de diferentes modos. Marque a alternativa que não indica uma
forma de transmissão da doença:
a) Transfusão de sangue.
b) Compartilhamento de objetos
cortantes.
c) Mãe para o filho durante a
gestação.
d) Relação sexual desprotegida com pessoa
contaminada.
e) Aperto de mão
QUESTÃO 3
(Fuvest) Uma dificuldade enfrentada
pelos pesquisadores que buscam uma vacina contra o vírus da Aids deve-se ao
fato dele:
a) Não possuir a enzima transcriptase
reversa.
b) Alternar seu material genético
entre DNA e RNA.
c) Ser um vírus de RNAr, para os
quais é impossível fazer vacinas.
d) Ter seu material genético sofrendo
constantes mutações.
e) Possuir uma cápsula lipídica que
impede a ação da vacina.
QUESTÃO 4
A Aids é uma doença sem cura que pode
ser prevenida por meio do sexo seguro. Sobre a doença, marque a alternativa
incorreta:
a) A Aids é também transmitida da mãe
para o filho durante a gravidez.
b) O HIV é o vírus causador da Aids
c) O vírus causador da Aids ataca
células de defesa.
d) Ter HIV é o mesmo que ter Aids.
e) A Aids não é transmitida por
beijo.
QUESTÃO 5
Sobre o HIV, marque a alternativa
incorreta:
a) O HIV é um retrovírus.
b) O HIV é o vírus causador da Aids.
c) O HIV ataca as plaquetas.
d) HIV significa vírus da
imunodeficiência humana.
e) O HIV pode permanecer no corpo do
paciente sem causar sintomas.
1.1.9.3 - AULA INTERATIVA ABERTA.
Virologia: Catapora – Agente etiológico:
Varicela-zóster.
Varicella Zoster (HZV) (Catapora e
Herpes Zoster) | Curso de virologia | Medicina passo a passo
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