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domingo, 23 de maio de 2021

23.05.2021 - Atualização de Modulo de Curso

 

 

Virologia: Curso Modulado

 Terrorismo Psicológico na crise “pontual” do surto de Coronavírus, SARS-CoV-2, COVID-19. A questão é: “COVID-19 e coronavírus são a mesma coisa? Esse é o ponto fundamental que leva o especialista a introduzir o presente Curso de Virologia voltado para a comunidade em geral nos termos da proposta apresentada as instituições definidas no Plano de Curso, que neste e-book, livro físico e digital, se publica para discussões acadêmicas. Não objetiva subjugar entendimentos divergentes ou alterar idéias convergentes”. Assim, dentro do contexto do Curso

 

EMENTA DO CURSO

Sumário

Introdução................................................................

Virologia..................................................................

Infectologia. ............................................................

Endemia...................................................................

Epidemia..................................................................

Pandemia..................................................................

Patogenia e patógenos..............................................

Vírus.........................................................................

Lista de Vírus presentes no dia-a-dia.......................

Genética dos vírus....................................................

Genoma dos vírus.....................................................

Grupos de vírus........................................................

Coronavírus SARS-CoV-2  - Covid, presença antiga no passado e os riscos não detectados...........

Coronavírus SARS-CoV-2  - Covid-19 presença endêmica alertada, incompetência do Sistema Público de Saúde......................................................

Patologia pulmonar e Covid-19. Coronavírus SARS-CoV-2  - .......................................................

Pneumologia – Principais pontos críticos para ingresso e desenvolvimento virótico........................

Importância da virologia..........................................

Vírus: seres vivos ou não?.......................................

Breve histórico da virologia.....................................

Estrutura viral...........................................................

Taxonomia dos vírus................................................

Multiplicação viral...................................................

Replicação de vírus DNA e RNA............................

Importância dos vírus...............................................

Temas complementares............................................

Ventilação Pulmonar, atividade médica de resultado, diante de um SISTEMA DE SAÚDE falido........................................................................

Farmacologia Clínica Aplicada a Pandemia............

Mitos do uso preventivo de fármacos na Covid-19. . Coronavírus SARS-CoV-2..................................... 

Fármaco: Hidroxicloroquina....................................

Fármaco: Cloroquina................................................

Fármaco: Zinco e associações..................................

Efeitos colaterais do Fármaco Zinco  com associações...............................................................

Efeitos colaterais do Fármaco Hidroxicloroquina com associações.......................................................

Efeitos colaterais do Fármaco  Cloroquina com associações...............................................................

Uso de coagulantes como forma de cura dos efeitos da virose.......................................................

Coronavírus SARS-CoV-2  - Covid-19 – Aspecto astro-biológico da questão.......................................

História de outras pandemias e o reflexo da história repetida........................................................

Peste negra...............................................................

Gripe espanhola.......................................................

A Revolta da Vacina e o motim popular ocorrido entre 10 e 16 de novembro de 1904 na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil.....................

A Revolta do Isolamento Ilegal e mal planejado no Brasil, março a maio de 2020...................................

O desgoverno federal na gestão da crise das UTIs no Brasil e na condução de liderança e credibilidade.............................................................

Coronavírus SARS-CoV-2  -  Situação geopolítica da origem da Pandemia............................................

Risco de uma guerra ideológica com resultado em “Guerra biológica”. Teoria da conspiração..............

Classificação e estrutura viral..................................

Replicação viral........................................................

Patogênese viral.......................................................

Imunologia viral.......................................................

Vacinas virais...........................................................

Terapias virais..........................................................

Métodos de diagnósticos..........................................

Quimioterapia antiviral............................................

Medidas para controle de infecções.........................

Epidemias de vírus...................................................

Material Genético.....................................................

Os vírus podem ser classificados como vírus que contêm DNA............................................................

Os vírus podem ser classificados como vírus que contêm RNA............................................................

Vírus de DNA..........................................................

Parvovírus................................................................

Papovírus..................................................................

Adenovírus...............................................................

Herpesvírus..............................................................

Poxvírus...................................................................

Hepadnavírus...........................................................

Vírus de RNA...........................................................

Picornavírus.............................................................

Calicivírus................................................................

Reovírus...................................................................

Arbovírus.................................................................

Togavírus.................................................................

Flavivírus.................................................................

Arenavírus................................................................

Coronavírus..............................................................

Retrovírus.................................................................

Bunyavírus...............................................................

Ortomixovírus..........................................................

Paramixovírus..........................................................

Rabdovírus...............................................................

Viroides....................................................................

Viroide: vírus sem capsídeo, com apenas uma molécula de RNA circular........................................

Virusoide: vírus que para atuarem patogenicamente precisam da atuação de outro vírus.

Vírus da hepatite D..................................................

Vírus da hepatite B...................................................

Bibliografia Geral....................................................

 

 

 

 

 

1 - Introdução.

Os vírus são seres muito simples e pequenos (medem menos de 0,2 µm), formados basicamente por uma cápsula protéica envolvendo o material genético, que, dependendo do tipo de vírus, pode ser o DNA, RNA ou os dois juntos (citomegalovírus).

1.1 - O citomegalovírus, conhecido como “CMV”, é um vírus da mesma família da herpes, que pode se apresentar com sintomas, exemplos: febre, mal estar e inchaço na barriga. O exemplo do herpes, esse vírus também estão presentes na maioria das pessoas, mas só provoca sintomas quando o sistema imunológico encontra-se debilitado, podem ocorrer em gestante, pessoas com HIV ou em pacientes que está a fazer tratamento oncológico (contra o câncer, por exemplo).

Durante a gravidez, esse vírus é detectado através dos exames do pré-natal, mas geralmente é inofensivo e não provoca nenhuma alteração no bebê, principalmente quando a mulher foi infectada ainda antes de engravidar. No entanto, quando a mulher é infectada durante a gestação, o vírus pode causar problemas como microcefalia e surdez no bebê.

1.1.1 - Principais sintomas. Normalmente, a infecção pelo CMV não causa sintomas, sendo comum que a pessoa descubra que está infectado quando faz algum exame de sangue específico para o vírus. No entanto, alguns sintomas podem surgir quando o sistema imunológico está baixo, como por exemplo:

1.      Febre acima de 38ºC;

2.      Cansaço excessivo;

3.      Inchaço da barriga;

4.      Barriga dolorida;

5.      Mal estar generalizado;

6.      Inflamação do fígado;

7.      Aborto espontâneo;

8.      Em pessoas com HIV/AIDS, pode ocorrer infecção na retina, cegueira, encefalite, pneumonia e ulceras no intestino e esôfago.

1.1.2 - Como diagnosticar. O diagnóstico da infecção pelo citomegalovírus é feito através de exame de sangue específico, que mostram se existem anticorpos contra o vírus. Quando o resultado do exame traz o resultado reagente CMV IgM, indica que a infecção pelo vírus ainda está no início, mas se o resultado for reagente CMV IgG, significa que o vírus está presente há mais tempo no organismo, permanecendo, então, por toda vida, assim como acontece com a herpes.  Na gravidez, caso o resultado seja reagente CMV IgM a grávida deve iniciar o tratamento com antivirais ou imunoglobulinas, para evitar a transmissão para o bebê.

1.1.3 - Principais complicações. As complicações da infecção pelo citomegalovírus ocorrem principalmente nas crianças que são infectadas pelo vírus durante a gravidez, e incluem:

1.      Microcefalia;

2.      Atraso no desenvolvimento;

3.      Coriorretinite e cegueira;

4.      Paralisia cerebral;

5.      Defeitos na formação dos dentes;

6.      Paralisia de algumas partes do corpo, principalmente das pernas;

7.      Surdez neurossensorial.

Já nos adultos, as complicações surgem quando a infecção se desenvolve muito, como acontece em pessoas com o sistema imune enfraquecido, resultando principalmente em cegueira e perda dos movimentos das pernas, por exemplo.

1.1.4 - Como acontece a transmissão do vírus. A transmissão do citomegalovírus pode ocorrer através do contato com secreções do corpo, como as da tosse e da saliva, através do contato íntimo com uma pessoa infectada ou por meio do compartilhamento de objetos contaminados, como copos, talheres e toalhas. Além disso, o vírus também pode ser transmitido através de transfusões sanguíneas ou de mãe para filho, principalmente quando a mulher grávida é infectada durante a gestação.

1.1.5 - Como prevenir. Para prevenir a contaminação pelo citomegalovírus é importante lavar bem as mãos, principalmente antes e após ir ao banheiro e trocar a fralda da criança, por exemplo, além de lavar bem os alimentos na hora de cozinhá-los.  Além disso, é importante usar preservativo nas relações sexuais e evitar dividir objetos pessoais com outras pessoas.

1.1.5.1 - Um alerta. O Curso e o docente alerta que este momento é um espaço informativo, de divulgação e educação de temas relacionados com saúde, não devendo ser utilizado como substituto ao diagnóstico médico ou tratamento sem antes consultar um profissional de saúde.

 

 

1.1.6 - Referência Bibliográfica.

Pannuti C. Citomegalovirose. In: Focaccia R, Veronesi R, editores. Tratado de infectologia. São Paulo: Atheneu; 2009. p. 363-71; Mendrone Junior A. Prevalência da infecção pelo citomegalovírus: a importância de estudos locais. Rev Bras Hematol Hemoter. 2010 fev;32(1):7-8; Stagno S, Reynolds DW, Huang E-S, Thames SD, Smith RJ, Alford CA. Congenital cytomegalovirus infection — occurrence in an immune population. N Engl J Med. 1977 Jun;296(22):1254-8; Stagno S, Reynolds DW, Pass RF, Alford CA. Breast milk and the risk of cytomegalovirus infection. N Engl J Med. 1980 May;302(19):1073-6; Stagno S, Pass RF, Dworsky ME, Henderson RE, Moore EG, Walton PD, et al. Congenital cytomegalovirus infection — the relative importance of primary and recurrent maternal infection. N Engl J Med. 1982 Apr;306(16):945-9.

1.1.7 – Importância ecológica dos vírus. Vírus são as mais abundante entidade biológica em ambientes aquáticos. Existe aproximadamente um milhão deles em uma colher de chá de água do mar. E eles são essenciais para a regulação dos ecossistemas de água salgada e de água doce. A maioria destes vírus são bacteriófagos, que são inofensivos para plantas e animais. Eles infectam e destroem as bactérias em comunidades microbianas aquáticas e este é o mais importante mecanismo de reciclar carbono no ambiente marinho. As moléculas orgânicas liberadas das células bacterianas pelos vírus estimulam crescimento bacteriano e de algas.

1.1.7.1 – Bacteriófagos.  Importância dos vírus.

Virus bacteriófagos: estrutura, ciclo de vida, características

Um bacteriófago um vírus que infectas bactérias.

Os bacteriófagos estão presentes em diversos ambientes, podendo ser isolados de água, solo, produtos alimentares e, até mesmo, de outros microrganismos. Apesar de também poder estar presente no organismo, principalmente na pele, na cavidade oral, nos pulmões e nos sistemas urinários e gastrointestinais, os bacteriófagos não provocam doenças ou alterações no corpo humano, isso porque possuem preferência por células procarióticas, ou seja, células menos evoluídas, como a das bactérias. Os bacteriófagos, também conhecidos como fagos, são uns grupos de vírus capazes de infectar e se multiplicar dentro das células bacterianas e que, quando saem, promovem a sua destruição.  Além disso, são capazes de estimular resposta imunológica do organismo, de modo que não conseguem atuar nos microrganismos responsáveis pelo bom funcionamento do organismo, além de possuírem elevada especificidade em relação ao seu hospedeiro, isto é, ao microrganismo patogênico. Assim, as bactérias que fazem parte do micro bioma não são destruídas devido à relação positiva estabelecida entre os bacteriófagos e o sistema imune.

1.1.7.1.1 – Característica do Bacteriófago. Características do bacteriófago. Os bacteriófagos são vírus que podem ser encontrados em diversos ambientes, inclusive no corpo humano, no entanto não causam alterações ou doenças já que não possuem especificidade para as células que constituem o corpo. Outras características do bacteriófago são: São formados por um capsídeo, que é uma estrutura formada por proteínas que tem como função proteger o material genético do vírus; Podem possuir diferentes tipos de material genético, como fita dupla de DNA, fita simples de DNA ou RNA; Além de poderem ser diferenciados quanto à sua composição genética, os bacteriófagos também podem ser diferenciados pela estrutura do capsídeo; São incapazes de se multiplicar fora de um hospedeiro, ou seja, precisam estar em contato com uma célula bacteriana para que possa haver replicação, e por isso podem também ser conhecidos como "parasitas bacterianos"; Apresentam elevada especificidade para o hospedeiro, que são as células bacterianas.  Fagos são muito importantes na biologia molecular sendo utilizados como vetores de clonagem para inserir DNA nas bactérias. Eles estão sendo também avaliada por pesquisadores médicos como uma alternativa aos antibióticos para tratar infecções por bactérias, técnica conhecida como Fagoterapia. Phage display é um teste para investigar interações de proteínas pela integração de múltiplos genes de um banco de genes em fagos(Porto: Porto Editora, 2003-2018(Consultado em 2021-02-24 15:45:45). Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$bacteriofago Bacteriófagos. Brasil Escola Informática. Biologia (Seres Vivos). Alunos Online. Consultado em 7 de março de 2021)

1.1.7.1.1.1 – Capsídio.  Cápside ou capsídeo é o invólucro de origem protéica dos vírus formado por proteínas e que protege e facilita sua proliferação, e além de proteger o ácido nucléico (DNA ou RNA e, em alguns casos raros, os dois tipos juntos), tem a capacidade de se combinar quimicamente com substâncias presentes na superfície celular. Alguns vírus têm apenas um tipo de proteínas nos seus capsídeos, mas a maioria tem vários tipos diferentes que se associam de formas específicas, formando o capsômero.

1.1.7.1.1.2 – Capsômeros são estruturas proteicas que se encaixam e formam uma cápsula de proteção para o genoma viral. Essa cápsula, que além de proteger, também transporta o material genético e em alguns casos tem a capacidade de se ligar a membrana de uma célula hospedeira, é chamada de capsídeo. Capsídeos então são formados por blocos menores que se juntam chamadas de capsômeros. Um dos menores vírus conhecidos, o bacteriófago phi-X174, tem por exemplo 60 capsômeros formando o seu capsídeo. Já o maior vírus, encontrado em uma espécie de mosca, tem 1500 capsômeros na constituição do capsídeo(Referência - BARRETO, Rosimar de Castro et al. Relação papilomavírus (HPV) e tumor maligno da cavidade bucal. Rev Bras Cien Saúde, v. 18, n. 3, p. 261-70, 2014. – Link).

1.1.7.1.1.3 -  AULA INTERATIVA ABERTA.

FASES DA REPLICAÇÃO VIRAL - Bacteriófago infectando uma bactéria.

https://www.youtube.com/watch?v=t2FoZy-K4Hk&t=12s

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1.1.7.1.1.4 -  AULA INTERATIVA ABERTA.

https://www.youtube.com/watch?v=tpluO1g2MSw - Bacteriófago Virologia.

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1.1.8. – Primeira Avaliação(QUESTIONÁRIO. Cada questão vale 0,5 pontos).

1.1.8.1 – Primeira Avaliação. Exercícios Sobre Vírus. Importante entender os principais características desses organismos acelulares. Para ampliar a interação de contéudo e avaliação de conhecimentos, recomendo(amos) o artigo de autoria de Vanessa Sardinha dos Santos: “Vírus - Os vírus, parasitas intracelulares obrigatórios, não possuem metabolismo próprio e não são formados por células”.

https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/virus.htm

 

1.1.8.1.1. -  AULA INTERATIVA ABERTA. https://www.youtube.com/watch?v=v8M1ToKn6ag

 

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1.1.8.1.1.1 -  AULA INTERATIVA ABERTA. Vírus - parasitas intracelulares obrigatórios.

Os vírus são organismos considerados parasitas intracelulares obrigatórios
Os
vírus são organismos considerados parasitas intracelulares obrigatórios.

 

Os vírus, organismos que apresentam diâmetro entre 15 e 300 nm, são denominados de parasitas intracelulares obrigatórios, pois apenas se reproduzem no interior de células. Diferentemente de todos os seres vivos, esses organismos não possuem célula e metabolismo próprio e, por isso, não são considerados por muitos autores como formas de vida. Entretanto, em virtude da capacidade de se autoduplicar e possuir variabilidade e ácidos nucleicos, outros especialistas consideram esses organismos como seres vivos. Os vírus foram descobertos a partir dos estudos independentes realizados por Dmitri Iwanowski e Martinus Beijerinck em 1892 e 1898, respectivamente. Esses pesquisadores estudaram o agente causador da doença denominada de mosaico do tabaco, que deixava as folhas de tabaco manchadas entre a coloração verde-escura e clara. Apesar da descoberta, os vírus foram visualizados apenas na década de 1940, após a invenção do microscópio eletrônico.

 

1.1.8.1.1.1.1 - Estrutura do virus. Com a visualização dos vírus, foi possível conhecer sua estrutura, que é relativamente simples quando comparada com a das células eucarióticas, por exemplo. De uma maneira simplificada, podemos dizer que esses organismos são formados por duas partes principais: o material genético, que normalmente é o DNA ou o RNA, raramente os dois, e uma capa proteica (capsídeo). O capsídeo pode apresentar diferentes simetrias, tais como a icosaédrica, helicoidal ou complexa. Na simetria icosaédrica, observa-se que o capsídeo assume uma forma similar a de um icosaedro, ou seja, um poliedro formado por 20 faces, 12 vértices e 30 arestas. Como exemplo desse tipo de vírus, podemos citar o herpesvírus e o rinovírus. A simetria helicoidal, por sua vez, apresenta o capsídeo com formato de hélice, como é caso do vírus da raiva e da gripe. Por fim, o vírus de simetria complexa apresenta uma morfologia bastante distinta que não se encaixa em nenhum dos outros tipos. O exemplo mais típico desse tipo de vírus são os bacteriófagos.

Alguns vírus possuem, além do capsídeo, outra estrutura que reveste o vírus denominada de envelope. O envelope viral, que é constituído por lipídios, proteínas e carboidratos, é formado a partir da membrana da célula infectada. Como exemplo de vírus envelopado, podemos citar o HIV, o vírus causador da AIDS.

Observe a estrutura de um vírus envelopado
Observe a estrutura de um vírus envelopado.

 

1.1.8.1.1.1.2 -  Replicação viral. Os vírus reproduzem-se apenas no interior da célula de um hospedeiro, uma vez que não possuem metabolismo próprio. Ao atingir uma célula e parasitá-la, uma série de processos ocorre até que o vírus consiga fazer com que a célula trabalhe a seu favor.  Podemos dividir a replicação viral nas seguintes etapas:

 

1-      Adsorção: Etapa em que o vírus liga-se à receptores de membrana na célula hospedeira;

 

2-      Penetração: Etapa em que o vírus adentra a célula;

 

3-      Desnudamento: Etapa em que ocorre a remoção do capsídeo e a liberação do material genético;

 

4-      Transcrição e tradução: Etapa em que ocorre a formação de proteínas dos vírus;

 

5-      Maturação: Ocorre a formação de novas partículas virais;

 

6-      Liberação: Vírus sai do interior da célula pronto para parasitar outras.

 

1.1.8.1.1.1.2.1  -  AULA INTERATIVA ABERTA.  Virologia: Replicação viral - parte 1

 

https://www.youtube.com/watch?v=KfyrKKz_9wQ

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1.1.8.1.1.1.2.2  -  AULA INTERATIVA ABERTA.

Virologia: Replicação viral - parte 2

 

https://www.youtube.com/watch?v=fx5EN2eFejE

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1.1.8.1.1.1.2.2  -  AULA INTERATIVA - ABERTA.  Virologia: Replicação viral - parte 3.

 

https://www.youtube.com/watch?v=QoewpD9hrf0

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1.1.9 - Exemplos de doenças causadas por virus. Os vírus podem infectar qualquer ser vivo, desde os unicelulares, como bactérias, até pluricelulares, como os humanos. A infecção nos humanos é responsável por várias doenças. Quando os microrganismos invadem o nosso corpo, aderem à célula e multiplicam ocorre uma infecção. Ou seja, há um desequilíbrio entre as defesas do nosso organismo e o agente invasor que pode ser uma bacteria, um fungo, um parasita ou mesmo um vírus. Neste último caso dar-se-á uma infecção viral.

 

1.1.9.1 - Doenças causadas por virus. AULA INTERATIVA ABERTA.  Virologia:  AIDS – Agente etiológico: HIV (Vírus da Imunodeficiência humana).

 

1.1.9.1.1 – SIDA – AIDS. Sem mitos.

HIV ou VIH é o Vírus da Imunodeficiência Humana. Este vírus afeta e enfraquece o sistema que defende o organismo das infeções e das doenças: o sistema imunitário. Na fase inicial da infeção podemos, não ter sintomas da doença, com o sistema imunitário a conseguir “controlar” o vírus, podendo variar de pessoa para pessoa. Com o passar do tempo, o sistema imunitário fica enfraquecido e podem aparecer as chamadas infecções oportunistas, que não causariam doença numa pessoa sem diminuição da imunidade. Esta fase final é conhecida como Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA). Importante o questionamento: “SIDA e HIV são a mesma coisa?”  SIDA é a fase mais avançada da infeção por HIV, quando temos um sistema imunitário enfraquecido, com doenças oportunistas”.

1.1.9.1.1.1 – SIDA. VIHDA: Compromisso social, desafio dos estudiosos.

https://www.youtube.com/watch?v=PAtlP1rfPx8&t=47s

 

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1.1.9.2 O HIV.

HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.

hiv virusTer o Vírus HIV não é a mesma coisa que ter aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.

1.1.9.2.1 – Biologia.

O HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune.

1.1.9.2.2 –  Assim pega:

  • Sexo vaginal sem camisinha;
  • Sexo anal sem camisinha;
  • Sexo oral sem camisinha;
  • Uso de seringa por mais de uma pessoa;
  • Transfusão de sangue contaminado;
  • Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação;
  • Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.

1.1.9.2.3 – Assim não pega:

  • Sexo desde que se use corretamente a camisinha;
  • Masturbação a dois;
  • Beijo no rosto ou na boca;
  • Suor e lágrima;
  • Picada de inseto;
  • Aperto de mão ou abraço;
  • Sabonete/toalha/lençóis;
  • Talheres/copos;
  • Assento de ônibus;
  • Piscina;
  • Banheiro;
  • Doação de sangue;
  • Pelo ar.

1.1.9.2.4 –  Diagnóstico do HIV

Conhecer o quanto antes a sorologia positiva para o HIV aumenta muito a expectativa de vida de uma pessoa que vive com o vírus. Quem se testa com regularidade, busca tratamento no tempo certo e segue as recomendações da equipe de saúde ganha muito em qualidade de vida.

Além disso, as mães que vivem com HIV têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto.

Por isso, se você passou por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou compartilhado seringas, faça o teste anti-HIV. O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos. Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).

Os exames podem ser feitos de forma anônima. Nesses centros, além da coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento, para facilitar a correta interpretação do resultado pelo(a) usuário(a). Também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque Saúde (136).

Além da rede de serviços de saúde, é possível fazer os testes por intermédio de uma Organização da Sociedade Civil, no âmbito do Programa Viva Melhor Sabendo.

Em todos os casos, a infecção pelo HIV pode ser detectada em, pelo menos, 30 dias a contar da situação de risco. Isso porque o exame (o laboratorial ou o teste rápido) busca por anticorpos contra o HIV no material coletado. Esse período é chamado de janela imunológica.

1.1.9.2.5 – O que é sistema imunológico.

O corpo reage diariamente aos ataques de bactérias, vírus e outros micróbios, por meio do sistema imunológico. Muito complexa, essa barreira é composta por milhões de células de diferentes tipos e com diferentes funções, responsáveis por garantir a defesa do organismo e por manter o corpo funcionando livre de doenças.

Entre as células de defesa estão os linfócitos T-CD4+, principais alvos do HIV, vírus causador da aids, e do HTLV, vírus causador de outro tipo de doença sexualmente transmissível. São esses glóbulos brancos que organizam e comandam a resposta diante dos agressores. Produzidos na glândula timo, eles aprendem a memorizar, reconhecer e destruir os microrganismos estranhos que entram no corpo humano.

O HIV liga-se a um componente da membrana dessa célula, o CD4, penetrando no seu interior para se multiplicar. Com isso, o sistema de defesa vai pouco a pouco perdendo a capacidade de responder adequadamente, tornando o corpo mais vulnerável a doenças. Quando o organismo não tem mais forças para combater esses agentes externos, a pessoa começar a ficar doente mais facilmente e então se diz que tem aids. 

É bom lembrar que todas as pessoas diagnosticadas com HIV têm direito a iniciar o tratamento com antirretrovirais imediatamente, e, assim, poupar o seu sistema imunológico. Esses medicamentos (coquetel) impedem que o vírus se replique dentro das células T-CD4+ e evitam, assim, que a imunidade caia e que a aids apareça.

1.1.9.2.6 – TRATAMENTO.

Conheça os novos critérios para a substituição de esquemas de TARV para o uso do Dolutegravir. A substituição deverá ocorrer nas situações em que há vantagens para o usuário, como a diminuição de eventos adversos entre outras.  A Nota Informativa Nº 03/2018, do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV), da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e do Ministério da Saúde (MS), publicada nessa terça-feira (10), apresenta as recomendações de substituição de esquemas de terapia antirretroviral contendo inibidores da transcriptase reversa não-nucleosídeos ou inibidores de protease para esquemas com dolutegravir para tratamento de pessoas vivendo com HIV, maiores de 12 anos de idade com supressão viral. 
As recomendações para a substituição levam em consideração que as pessoas que estão com carga viral indetectável e bem, não precisam e não devem fazer a substituição do seu esquema atual. Entretanto, aquelas que estejam com carga viral indetectável, mas às custas de eventos adversos e toxidades indesejáveis com o seu esquema atual, podem se beneficiar da troca.
 
[node:title]A substituição, portanto, somente deverá ocorrer nas situações em que há vantagens relativas na diminuição de eventos adversos, na melhoria da adesão da pessoa, menor interações medicamentosas ou possibilidade de uso em determinadas comorbidades em relação ao seu esquema atual de TARV.

As recomendações e os critérios necessários para a substituição de esquemas de TARV por esquemas com dolutegravir são as seguintes: 

1)    Pessoa vivendo com HIV maior de 12 anos de idade; 
2)    Avaliação individualizada e criteriosa da necessidade e dos benefícios envolvidos na substituição, uma vez que pode expor a pessoa vivendo com HIV a eventos adversos desnecessários; 
3)    Pessoa vivendo com HIV em tratamento antirretroviral com supressão viral (CV indetectável) nos últimos seis meses; 
4)    Pessoa vivendo com HIV em uso de esquemas com efavirenz ou nevirapina, sem falha virológica prévia; 
4.1)    pessoa vivendo com HIV em uso de primeiro esquema (sem uso prévio) de tratamento antirretroviral contendo efavirenz ou nevirapina;

5)    Pessoa vivendo com HIV em uso de esquemas com atazanavir/ritonavir ou darunavir/ritonavir  ou lopinavir/ ritonavir, sem falha virológica prévia; 
5.1)    pessoa vivendo com HIV em uso de primeiro esquema (sem uso prévio) de TARV contendo IP/r; ou
5.2)    pessoa vivendo com HIV em uso de esquema atual com IP/r, que tenham realizado a troca do efavirenz ou nevirapina para IP/r por intolerância e/ou eventos adversos (não por falha virológica).

1.1.9.2.7 – Janela imunológica. Janela imunológica é o intervalo de tempo decorrido entre a infecção pelo HIV até a primeira detecção de anticorpos anti-HIV produzidos pelo sistema de defesa do organismo. Na maioria dos casos, a duração da janela imunológica é de 30(trinta) dias. Porém, esse período pode variar, dependendo da reação do organismo do indivíduo frente à infecção e do tipo do teste (método utilizado e sensibilidade).

Se um teste para detecção de anticorpos anti-HIV é realizado durante o período da janela imunológica, há a possibilidade de gerar um resultado não reagente, mesmo que a pessoa esteja infectada. Dessa forma, recomenda-se que, nos casos de testes com resultados não reagentes em que permaneça a suspeita de infecção pelo HIV, a testagem seja repetida após 30 dias com a coleta de uma nova amostra. É importante ressaltar que, no período de janela imunológica, o vírus do HIV já pode ser transmitido, mesmo nos casos em que o resultado do teste que detecta anticorpos anti-HIV for não reagente.

1.1.9.2.8 – Sintomas e fases da aids. Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da aids, o sistema imunológico começa a ser atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV (tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença). Esse período varia de três a seis semanas. E o organismo leva de 30 a 60 dias após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida. A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. Mas isso não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas doenças, pois os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático. Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns. A fase sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos linfócitos T CD4+ (glóbulos brancos do sistema imunológico) que chegam a ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. Os sintomas mais comuns nessa fase são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento. A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids. Quem chega a essa fase, por não saber da sua infecção ou não seguir o tratamento indicado pela equipe de saúde, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer. Por isso, sempre que você transar sem camisinha ou passar por alguma outra situação de risco, procure uma unidade de saúde imediatamente, informe-se sobre a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) e faça o teste. Saiba aqui onde encontrar um serviço de saúde perto de você.

1.1.9.2.9 – Tratamento para o HIV. Os primeiros medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980. Eles agem inibindo a multiplicação do HIV no organismo e, consequentemente, evitam o enfraquecimento do sistema imunológico. O desenvolvimento e a evolução dos antirretrovirais para tratar o HIV transformaram o que antes era uma infecção quase sempre fatal em uma condição crônica controlável, apesar de ainda não haver cura.  Por isso, o uso regular dos ARV é fundamental para garantir o controle da doença e prevenir a evolução para a aids. A boa adesão à terapia antirretroviral (TARV) traz grandes benefícios individuais, como aumento da disposição, da energia e do apetite, ampliação da expectativa de vida e o não desenvolvimento de doenças oportunistas. Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) todos os medicamentos antirretrovirais e, desde 2013, o SUS garante tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV (PVHIV), independentemente da carga viral. Também pode-se dizer que o tratamento pode ser usado como uma forma de prevenção muito eficaz para pessoas vivendo com HIV, evitando, assim, a transmissão do HIV por via sexual. Atualmente, existem 21 medicamentos, em 37 apresentações farmacêuticas, conforme relação que segue abaixo:

2.png3.png

4.pngFonte: DIAHV/SVS/MS

1.1.9.2.10 – Direitos das PVHIV.  Pela Constituição brasileira, as pessoas vivendo com HIV, assim como todo e qualquer cidadão brasileiro, têm obrigações e direitos garantidos; entre eles, estão a dignidade humana e o acesso à saúde pública e, por isso, são amparadas pela lei. O Brasil possui legislação específica quanto aos grupos mais vulneráveis ao preconceito e à discriminação, como homossexuais, mulheres, negros, crianças, idosos, portadores de doenças crônicas infecciosas e de deficiência.

1.1.9.2.10.1 – Declaração dos Direitos Fundamentais da Pessoa Portadora do Vírus da Aids. Em 1989, profissionais da saúde e membros da sociedade civil criaram, com o apoio do Departamento de IST, HIV/Aids e Hepatites Virais, a Declaração dos Direitos Fundamentais da Pessoa Portadora do Vírus da Aids. O documento foi aprovado no Encontro Nacional de ONG que Trabalham com Aids (ENONG), em Porto Alegre (RS):

I - Todas as pessoas têm direito à informação clara, exata, sobre a aids.

II – Os portadores do vírus têm direito a informações específicas sobre sua condição.

III - Todo portador do vírus da aids tem direito à assistência e ao tratamento, dados sem qualquer restrição, garantindo sua melhor qualidade de vida.

IV - Nenhum portador do vírus será submetido a isolamento, quarentena ou qualquer tipo de discriminação.

V - Ninguém tem o direito de restringir a liberdade ou os direitos das pessoas pelo único motivo de serem portadoras do HIV/aids, qualquer que seja sua raça, nacionalidade, religião, sexo ou orientação sexual.

VI - Todo portador do vírus da aids tem direito à participação em todos os aspectos da vida social. Toda ação que visar a recusar aos portadores do HIV/aids um emprego, um alojamento, uma assistência ou a privá-los disso, ou que tenda a restringi-los à participação em atividades coletivas, escolares e militares, deve ser considerada discriminatória e ser punida por lei.

VII - Todas as pessoas têm direito de receber sangue e hemoderivados, órgãos ou tecidos que tenham sido rigorosamente testados para o HIV.

VIII - Ninguém poderá fazer referência à doença de alguém, passada ou futura, ou ao resultado de seus testes para o HIV/aids, sem o consentimento da pessoa envolvida. A privacidade do portador do vírus deverá ser assegurada por todos os serviços médicos e assistenciais.

IX - Ninguém será submetido aos testes de HIV/aids compulsoriamente, em caso algum. Os testes de aids deverão ser usados exclusivamente para fins diagnósticos, controle de transfusões e transplantes, estudos epidemiológicos e nunca qualquer tipo de controle de pessoas ou populações. Em todos os casos de testes, os interessados deverão ser informados. Os resultados deverão ser transmitidos por um profissional competente.

X - Todo portador do vírus tem direito a comunicar apenas às pessoas que deseja seu estado de saúde e o resultado dos seus testes.

XI - Toda pessoa com HIV/aids tem direito à continuação de sua vida civil, profissional, sexual e afetiva. Nenhuma ação poderá restringir seus direitos completos à cidadania.

1.1.9.2.10.2 – Lei antidiscriminação. Em 2014, foi publicada a Lei nº 12.984, de 2 de junho de 2014, que define o crime de discriminação aos portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV) e doentes de aids. Legislação: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12984.htm

1.1.9.2.10.3 - Demais proteções aos direitos das PVHIV.

1.1.9.2.10.3.1 – Auxílio-doença. Esse benefício é concedido a qualquer cidadão brasileiro que seja segurado (pague o seguro em dia) e que não possa trabalhar em razão de doença ou acidente por mais de 15 dias consecutivos. A pessoa que vive com HIV/aids ou com hepatopatia grave terá direito ao benefício sem a necessidade de cumprir o prazo mínimo de contribuição e desde que tenha qualidade de segurado, conforme o art. 152, inciso III, alíneas m e o da Instrução Normativa INSS/PRES nº 45, de 6 de agosto de 2010. O auxílio-doença deixa de ser pago quando o segurado recupera a capacidade e retorna ao trabalho ou quando o benefício se transforma em aposentadoria por invalidez. Nesses casos, a concessão de auxílio-doença ocorrerá após comprovação da incapacidade em exame médico pericial da Previdência Social. Todo o procedimento administrativo relativo ao benefício está regulado pelos artigos 274 a 287 da Instrução Normativa INSS/PRES nº 45, de 6 de agosto de 2010.

1.1.9.2.10.3.2 – Aposentadoria por invalidez. As pessoas que vivem com HIV/aids ou com hepatopatia grave têm direito a esse benefício, mas precisam passar por perícia médica de dois em dois anos, senão o benefício é suspenso.

A aposentadoria deixa de ser paga quando o segurado recupera a capacidade e volta ao trabalho. Para ter direito ao benefício, o trabalhador tem que contribuir para a Previdência Social por no mínimo 12 meses, no caso de doença. Se for acidente, esse prazo de carência não é exigido, mas é preciso estar inscrito na Previdência Social. Não tem direito à aposentadoria por invalidez quem, ao se filiar à Previdência Social, já tiver doença ou lesão que geraria o benefício, a não ser quando a incapacidade resultar no agravamento da enfermidade. Todo o procedimento administrativo relativo ao benefício está regulado pelos artigos 201 a 212 da Instrução Normativa INSS/PRES nº 45, de 6 de agosto de 2010.

1.1.9.2.10.3.3 – Benefício de Prestação Continuada. É a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa incapacitada para a vida independente e para o trabalho, bem como ao idoso com 65 anos ou mais, que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção e nem tê-la provida por sua família. Esse benefício independe de contribuições para a Previdência Social. Para recebê-lo, a pessoa deve dirigir-se ao posto do INSS mais próximo e comprovar sua situação. Essa comprovação pode ser feita com apresentação de Laudo de Avaliação (perícia médica do INSS ou equipe multiprofissional do Sistema Único de Saúde). A renda familiar e o não exercício de atividade remunerada deverão ser declarados pela pessoa que requer o benefício. Legislação: Lei Federal 8.742/1993 e Decreto Federal 3.048/1999.

1.1.9.2.10.3.4 – Direito à informação. Biblioteca.

 

A biblioteca virtual do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais tem por finalidade dar acesso às publicações; aos protocolos clínicos de tratamento que estabelecem os critérios de diagnóstico dos agravos (IST, HIV/aids e hepatites virais); aos boletins epidemiológicos lançados periodicamente com dados e estatísticas sobre HIV/aids, sífilis e hepatites virais; às folhetarias, que são materiais informativos de fácil reprodução; e às apresentações elaboradas pelo DIAHV.  

 

1.1.9.2.10.3.5 – AULA INTERATIVA ABERTA.

Virologia:  AIDS – Agente etiológico: HIV (Vírus da Imunodeficiência humana). Em palestra de 2011, dr. Drauzio falou sobre como percebeu que a aids se tornaria uma epidemia, o trabalho no Carandiru e os obstáculos para a prevenção da doença.  Com o avanço do tratamento para aids, muitos perderam o medo, principalmente os jovens. Imagens inéditas da aids no Carandiru gravadas pelo próprio dr. Drauzio com detentos portadores do HIV mostram o que a doença é capaz de fazer e alertam para a importância de continuar atento à prevenção.

 

https://www.youtube.com/watch?v=mcGYg4bFC0k

 

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1.1.9.2.10.3.5.1 – AULA INTERATIVA ABERTA. Virologia:  AIDS – Agente etiológico: HIV (Vírus da Imunodeficiência humana). Teste para HIV nas farmácias. Por que o teste para HIV disponível nas farmácias é uma decisão interessante.

 

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https://www.youtube.com/watch?v=t3Gdi...

 

1.1.9.2.10.3.6 – Farmacologia Clínica: remédios no contexto do coquetel para HIV. É importante entender como funciona a terapia do coquetel anti-AIDS(?)  O presente e-book não busca ser um Compêndio, porém nesta linha estamos a observar o conjunto de dúvidas em torno do “coquetel para HIV” e quais os fármacos que integram. O coquetel para HIV chamado de coquetel antiaids ou medicamento antirretroviral começou a ser prescrito nos anos 1980. O coquetel age no organismo a fim de barrar a proliferação do vírus no paciente. É bom ressaltar que o coquetel não é cura da doença, ou seja, ele não mata o vírus em questão, o objetivo é fazer com que a saúde da pessoa fique fortalecida e, consequentemente, preparando a imunidade para melhor lidar com as consequências do vírus. Observamos como importante a participação do Farmacologista Clínico nesta interação multidisciplinar. É importante que o paciente faça o uso correto da medicação e não pare de tomar o coquetel, mesmo diante dos seus efeitos colateraisPollyana Batista(2018).

1.1.9.2.10.3.6.1Fármacos que compõe o Coquetel HIV para Aids.

Fármaco, a  palavra  deriva da terminologia grega “phármakon” que tem o significado de ser aquilo que pode transladar as impurezas, ou seja, para os gregos essa palavra poderia significar tanto remédio como veneno, poderia manter a vida ou causar a morte.

Seguindo as definições oficiais que regulamentam a área de saúde no Brasil, conforme Portaria ministerial n 3.916/MS/GM do Ministério da Saúde, fármaco é a substância química que é o princípio ativo do medicamento. E por medicamento entende-se ser o produto farmacêutico com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.

Desse modo, fica fácil de entender a estreita relação entre fármaco e medicamento, sendo o fármaco o princípio ativo para a formulação dos medicamentos que são o produto final para ingestão do paciente na busca da melhoria das condições de saúde. Ou seja, o medicamento é o fármaco beneficiado em doses ou concentrações terapêuticas, com finalidade de curar ou demais ações relacionadas à saúde do paciente.

Os fármacos podem ser classificados quanto à sua origem, seus efeitos e suas formas farmacêuticas. Vejamos cada um deles.

1.1.9.2.10.3.6.1 .1 Origem.

  • Natural;
  • Animal;
  • Vegetal;
  • Artificial – quando o fármaco é manipulado e sintetizado pelo homem em laboratórios.

1.1.9.2.10.3.6.1 .2  Efeitos.

  • Terapêuticos – fármacos que dão origem aos medicamentos em um determinado grupo terapêutico;
  • Laterais ou secundários – fármacos que proporcionam efeitos que não concorrem com a melhoria da situação patológica a ser tratada. Entretanto, eles podem ser adversos quando indesejáveis ou quando interagem com outras formas desconhecidas que podem ser prejudiciais;
  • Reações adversas – a ingestão de certos fármacos pode ocasionar sintomas indesejáveis, ou até mesmo toxicidade. Além disso, pode proporcionar interações prejudiciais com outros princípios farmacêuticos usados concomitantemente;
  • Tóxicos – reações provocadas por dose excessiva ou acumulação anormal do fármaco no organismo;
  • Locais – reações que acontecem somente no local de administração e atuação do fármaco;
  • Sistêmicos – efeitos que podem ocorrer em um órgão ou sistema diferente do tratado originalmente pelo fármaco;
  • Sinérgicos – combinações dos efeitos de dois ou mais fármacos administrados simultaneamente em que se consegue um efeito final superior a soma dos efeitos de cada um deles isoladamente;
  • Antagônicos – efeitos contrários aos esperados entre dois fármacos distintos que podem reduzir a ação e eficácia de um deles.

1.1.9.2.10.3.6.1.3Formas farmacêuticas. Os fármacos são a base dos remédios que podem ter a forma de comprimidos, xaropes, pomadas, pílulas, cremes, dentre outros.  Com essas explicações  preliminares se busca ofertar informações para diferenciações sobre o que é fármaco, sua origem e finalidade na busca da melhoria da saúde do paciente com a Síndrome de AIDS ou SIDA.

1.1.9.2.10.3.6.2  O coquetel para HIV é composto por 22 remédios. O número de medicamentos que o paciente toma por dia vai depender do estágio da doença e das combinações que o médico prescrever. Nesta disciplina se apresenta os tipos de remédios mais comuns. O coquetel age no organismo a fim de barrar a proliferação do vírus no paciente.

1.1.9.2.10.3.6.2.1 Inibidores de Protease:

  1. Atazanavir (ATV);
  2. Darunavir (DRV);
  3. Fosamprenavir (FPV);
  4. Lopinavir (LPV);
  5. Nelfinavir (NFV);
  6. Ritonavir (RTV);
  7. Saquinavir (SQV);
  8. Tipranavir (TPV).

1.1.9.2.10.3.6.2.2 Inibidores Nucleosídeos da Transcriptase Reversa:

  1. Abacavir (ABC);
  2. Didanosina (ddI);
  3. Lamivudina (3TC);
  4. Tenofovir (TDF);
  5. Zidovudina (AZT).

1.1.9.2.10.3.6.2.3 3. Inibidores Não Nucleosídeos da Transcriptase Reversa:

  1. Efavirenz (EFZ);
  2. Nevirapina (NVP);
  3. Etravirina (ETR).

1.1.9.2.10.3.6.2.4 Inibidores de fusão:

  1. Enfuvirtida (T20).

1.1.9.2.10.3.6.2.5Inibidores da Integrase:

  1. Dolutegravir (DTG);
  2. Raltegravir (RAL).
  3. Inibidores de Entrada:
  4. Maraviroc (MRV);

1.1.9.2.10.3.6.2.6 Combinações de medicamentos:

  1. Lamivudina + Zidovudina (3TC + AZT);
  2. Lamivudina + Tenofovir + Efavirenz (3TC + TDF + EFZ).

 

1.1.9.2.10.3.6.2.7 Farmacocinética e Farmacodinâmica: para que servem os medicamentos usados.

A combinação dos remédios do coquetel para HIV atua em diferentes áreas do organismo. Porém, a finalidade dele é reforçar o sistema imunológico. Para você ter uma ideia, veja para quê alguns deles servem.

1.1.9.2.10.3.6.2.7.1 Darunavir e Ritonavir

Esses dois remédios são considerados inibidores de Protease. O intuito é que o vírus não infecte novas células saudáveis.

1.1.9.2.10.3.6.2.7.2 Tenofovir e Lamivudina

Ambos os remédios atuam a nível genético. O primeiro evita que o DNA do paciente seja alterado pelo vírus. O segundo evita que o RNA desse mesmo vírus contamine o DNA da pessoa.

1.1.9.2.10.3.6.2.7.3 Raltegravir e Enfuvirtida

O primeiro trabalha no organismo a fim de que o vírus não se ligue à célula do paciente e o Enfuvirtida também impede que o HIV tome uma célula do paciente que está saudável.

1.1.9.2.10.3.6.2.8 Ação do coquetel HIV para Aids no organismo. O intuito de alguns desses remédios é evitar que o vírus não infecte novas células saudáveis. O coquetel HIV para Aids age no organismo de maneira múltipla. Porém, a ideia é a mesma: barrar que o vírus se aloje em outras células do indivíduo. Para isso, as linhas de frente dos medicamentos são: Inibidores de Protease, Inibidores Nucleosídeos da Transcriptase Reversa, Inibidores Não Nucleosídeos da Transcriptase Reversa, Inibidores de fusão, Inibidores da Integrase e Inibidores de Entrada. A pessoa vai tomar as combinações de acordo com a orientação do seu médico. Contudo, no organismo, as combinações podem ocasionar alguns efeitos colaterais, como náuseas, fadiga, dor de cabeça ou diarréia. Para amenizar algumas consequências indesejadas, o paciente pode colaborar com algumas atitudes, como manter uma alimentação saudável e evitar alguns hábitos, que você verá no tópico a seguir.

1.1.9.2.10.3.6.2.8.1 Cerveja é contra indicada para quem toma o coquetel.  A ingestão não só da cerveja, como de qualquer tipo de álcool, não deve ocorrer. As bebidas alcoólicas podem inibir a atuação do coquetel do HIV e acabar prejudicando o tratamento. Por isso, a ingestão de qualquer tipo de destilado ou bebida que contenha álcool não deve ser feita. Bem como outros hábitos de vida que prejudiquem a qualidade de vida do portador do vírus. O paciente também deve evitar o uso de heroína, morfina e metadona. O consumo de metanfetamina (Ecstasy) pode ser fatal.

Porém, deixar de usar o coquetel para usar as restrições citadas no parágrafo anterior é prejudicial. Foi apresentado no congresso da Sociedade Internacional da Aids no Canadá, um estudo de caso onde um  adolescente que mora na França controlou o vírus no seu corpo depois de ter abandonado o tratamento tradicional contra a Aids. De outro lado, a comunidade científica segue os estudos para entender como isso aconteceu e, cada vez mais cautelosa, deixa claro que isso pode ter sido uma exceção ou uma repetição do que já ocorreu nos EUA, quando um bebê ficou nas mesmas condições, mas dois anos depois, os sintomas voltaram.

Daí pode surgir um questionamento: “parei de tomar o coquetel, o que pode acontecer?”, a resposta mais sensata é: não pare de tomar o seu coquetel, pois você pode está abrindo as portas para que o vírus contamine outras células sadias do seu corpo ou fique mais forte frente aos antirretrovirais e acelere os problemas de saúde.

O trabalho do coquetel consiste, sobretudo, em impedir que o vírus não se ligue à célula saudável do paciente. Os remédios que formam o coquetel para HIV estão disponíveis no Sistema Único de Saúde brasileiro desde 1996. Algumas combinações são mais recentes. Um levantamento realizado por pesquisadores mostra que 353 mil pessoas peguem os medicamentos com a rede pública de saúde. No entanto, o número de pessoas infectadas é bem maior: chegando a quase 800 mil casos em nosso país.

Dos dados oficiais, 59% dos pacientes moram no Sudeste, 19% no Sul, 12% no Nordeste, 6% no Cetro-oeste e 4% no Norte no Brasil. As informações dão conta ainda que cerca de 33 mil novos casos são notificados por ano por aqui e que nos últimos 20 anos houve uma redução de 20% no número de infecção pelo vírus no mundo inteiro, que conta com 33,5 milhões de pessoas infectadas. A nível planetário, existem 22 milhões de pessoas contaminadas na África, cinco milhões no Leste europeu, três milhões no restante do Velho Continente, dois milhões na América do Norte e Central, outras dois milhões na América do Sul e 59 mil na Oceania.

Apesar dos efeitos colaterais, é extremamente importante que o paciente faça uso regular dos remédios que fazem parte do coquetel para HIV. A combinação das suas funções são aquelas que vão garantir uma melhor qualidade de vida para quem tem o vírus, impedindo que ele se reproduza, se una ou contamine as células saudáveis do seu organismo. Se você está passando por essa situação, não hesite em procurar auxílio psicológico para enfrentar suas dúvidas e medos. É natural pensar em desistir, mas sempre há outras formas de continuar lutando. Prova disso, são as inúmeras pessoas que convivem com o vírus e, apesar da rotina extenuante de se tratar e tomar vários remédios, conseguem ultrapassar as dificuldades e ter qualidade de vida.

É importante entender que somente o médico está apto, habilitado para a prescrição medicamentosa, assim  recomendamos que o paciente portador do vírus e da AIDS busque sempre orientação com o seu médico e conte com ajuda de profissionais multidisciplinares para conduzir seu tratamento: psicólogo e nutricionista são dois profissionais que reduzirão seus anseios e os efeitos colaterais da medicação.

1.1.9.2.10.3.7 – Bibliografia Temática. Referências Bibliográficas sobre o HIV.

 

  1. Alison J. Rodger et al. Sexual Activity Without Condoms and Risk of HIV Transmission in Serodifferent Couples When the HIV-Positive. Partner Is Using Suppressive Antiretroviral Therapy. JAMA. 2016;316(2):171-181
  2. Brasil. Ministério da Saúde. [www.aids.gov.br/documentos/publicações] – busca: conscritos do exército do Brasil, 2002
  3. Brasil. Ministério da Saúde. PN-DST/AIDS. Estudo de prevalência das DST no Brasil. Mimeo. 2004a.
  4. Brasil. Ministério da Saúde, [www.aids.gov.br/areatecnica/monitoraids/estudosespeciais] VII Pesquisa de Conhecimentos, atitudes e Práticas relacionadas ao HIV/aids com a População Brasileira de 15 a 54 anos – 2004b,
  5. Brasil. Ministério da Saúde. Norma Técnica de Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes. Brasília, 2004c.
  6. Brasil. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico DST e AIDS, ano II n.01-01 à 26a. semanas epidemiológicas – jan a jun de 2005.
  7. Bowden FJ, Garnett GP. Trichomonas vaginalis epidemiology: parameterising and analyzing a model of treatment interventions. Sex Transm Inf, 2000, 76: 248-256.
  8. Brasil. Portaria no 542/1986. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 24 de Dezembro de 1986, Seção 1.
  9. Carvalho M, de Carvalho S, Pannuti CS, Sumita LM, de Souza VA. Prevalence of herpes simplex type 2 antibodies and a clinical history of herpes in three different populations in Campinas City, Brazil. Int J Infect Dis. 1998-99 Winter;3(2):94-8.
  10. CEBRAP, Ministério da Saúde. Relatório da pesquisa “Comportamento Sexual da População Brasileira e Percepções do HIV/AIDS “. São Paulo, setembro de 2000.
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  12. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Increase in fluoroquinolone-resistant Neisseria gonorrhoeae – Hawaii and California, 2001. MMWR,2002;51(46):1041-44.
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1.1.9.2.10.3.8 – Segunda Avaliação.

QUESTIONÁRIO. Cada questão vale 0,5 pontos).

 

A avaliação testara seus conhecimentos sobre o tema.

 

QUESTÃO 1

(Uems) O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é o causador da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Em relação a esse vírus, pode-se afirmar que ele é constituído de:

a) DNA e ataca os linfócitos T.

b) RNA e ataca os linfócitos T.

c) RNA e ataca as hemácias.

d) DNA e ataca as hemácias.

e) RNA e ataca as plaquetas.

 

QUESTÃO 2

A Aids é uma doença viral que pode ser transmitida de diferentes modos. Marque a alternativa que não indica uma forma de transmissão da doença:

a) Transfusão de sangue.

b) Compartilhamento de objetos cortantes.

c) Mãe para o filho durante a gestação.

d) Relação sexual desprotegida com pessoa contaminada.

e) Aperto de mão

 

QUESTÃO 3

(Fuvest) Uma dificuldade enfrentada pelos pesquisadores que buscam uma vacina contra o vírus da Aids deve-se ao fato dele:

a) Não possuir a enzima transcriptase reversa.

b) Alternar seu material genético entre DNA e RNA.

c) Ser um vírus de RNAr, para os quais é impossível fazer vacinas.

d) Ter seu material genético sofrendo constantes mutações.

e) Possuir uma cápsula lipídica que impede a ação da vacina.

 

QUESTÃO 4

A Aids é uma doença sem cura que pode ser prevenida por meio do sexo seguro. Sobre a doença, marque a alternativa incorreta:

a) A Aids é também transmitida da mãe para o filho durante a gravidez.

b) O HIV é o vírus causador da Aids

c) O vírus causador da Aids ataca células de defesa.

d) Ter HIV é o mesmo que ter Aids.

e) A Aids não é transmitida por beijo.

 

QUESTÃO 5

Sobre o HIV, marque a alternativa incorreta:

a) O HIV é um retrovírus.

b) O HIV é o vírus causador da Aids.

c) O HIV ataca as plaquetas.

d) HIV significa vírus da imunodeficiência humana.

e) O HIV pode permanecer no corpo do paciente sem causar sintomas.

 

1.1.9.3 - AULA INTERATIVA ABERTA.

Virologia: Catapora – Agente etiológico: Varicela-zóster.

https://youtu.be/a8e2iAA9mPY

Varicella Zoster (HZV) (Catapora e Herpes Zoster) | Curso de virologia | Medicina passo a passo

 

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